Xuxa divulga campanha que pede cassação de Damares Alves

A apresentadora Xuxa Meneghel publicou em suas redes sociais na terça (11) um abaixo-assinado que busca cassar o mandato de Damares Alves antes de ela tomar posse –a ex-ministra foi eleita senadora por Brasília em 2 de outubro, com 44,98% dos votos válidos. Assume o cargo em 2023.

No texto da campanha endossada por Xuxa, os organizadores lembram da declaração feita pela ex-ministra no último sábado (8), na Assembleia de Deus Ministério Fama, em Goiânia, a respeito do tráfico de crianças com fins sexuais, e acusam Damares de ter prevaricado ou mentido aos eleitores.

“Portanto, ou ela prevaricou como ministra de Direitos Humanos ou está mentindo aos eleitores, ambos fatos gravíssimos que merece cassação imediata” – diz a justificativa do abaixo-assinado.

A petição também foi compartilhada pelo apresentador Marcelo Tas, pelo jornalista e escritor Xico Sá e pela atriz Patricia Pillar. Já tem mais de 355 mil assinaturas. A meta é 500 mil.

Polícia e MP do Pará pedem provas ao governo Bolsonaro sobre alegações de Damares

A Polícia Civil e o Ministério Público do Pará (MPPA) pediram ao governo Bolsonaro provas sobre as alegações da ex-ministra Damares Alves sobre crimes na ilha de Marajó. Ela alega, sem provas, que crianças do Marajó são traficadas para o exterior e submetidas a mutilações corporais e a regimes alimentares que facilitam abusos sexuais.

O ofício foi enviado à atual ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, nesta terça (11), “a fim de que os relatos sejam investigados e todas as providências cabíveis possam ser adotadas”, diz nota do MPPA.

“O Ministério Público do Estado do Pará solicita que seja encaminhada documentação existente nesse Ministério, no prazo de 05 dias, bem como eventuais esclarecimentos a respeito de medidas tomadas sobre os fatos alegados, a fim de que os relatos sejam investigados e todas as providências cabíveis adotadas”, diz o ofício do MP.

Os promotores que assinam o ofício afirmam não ter nenhuma denúncia ou prova sobre os supostos crimes narrados no vídeo.

O delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende de Almeida, também remeteu ofício ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos pedindo “com máxima urgência” os documentos, mídias e “tudo o mais que possa subsidiar o desenvolvimento dos necessários procedimentos investigatórios”.

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