X da Questão: Musk diz que Moraes “exige” que X viole leis 

Elon Musk, proprietário do X (anteriormente conhecido como Twitter), afirmou na segunda-feira (15) que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes está pressionando a plataforma a descumprir leis.

No seu perfil oficial, o empresário declarou que “as leis dos Estados Unidos impedem o X de participar de corrupção que viole as leis de outros países, que é o que Alexandre de Moraes está exigindo que façamos”, mencionando a conta oficial do ministro.

Confira na postagem abaixo:

Na postagem, Musk fazia referência a um comunicado do perfil “Assuntos Governamentais Globais”, uma conta institucional do X. O texto informava que a X Corp., empresa privada de Musk, recebeu uma intimação do Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos solicitando informações sobre determinações do STF. “Para cumprir suas obrigações de acordo com a legislação dos EUA, a X Corp. respondeu ao Comitê”, foi o que declarou o perfil institucional.

Desde o dia 6 de abril, vem ocorrendo um confronto entre o magnata sul-africano e o ministro do STF, iniciado quando Musk acusou Moraes, através de seu perfil na rede social X, de violar a Constituição brasileira e de promover censura por meio de suas decisões judiciais. No dia seguinte, Musk intensificou as críticas, sugerindo que Moraes deveria se afastar do Supremo Tribunal Federal ou ser alvo de impeachment.

Em uma nota, o X alegou que foi compelido, devido a decisões judiciais, a suspender certas contas populares, sem entender os motivos para tais ordens de bloqueio.

Como retaliação, Moraes incluiu Musk como investigado no inquérito que apura a atuação de milícias digitais, por uma suposta “dolosa instrumentalização” da plataforma X. Em 8 de abril, Musk reiterou suas críticas, chamando Moraes de “ditador” e alegando que ele manteria o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “na coleira”.

Na última quarta-feira (10), Moraes respondeu à controvérsia, comentando publicamente que “talvez alguns alienígenas não saibam, mas passaram a aprender e tiveram conhecimento, da coragem e seriedade do Poder Judiciário brasileiro”.

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