Depois que alguns usuários informaram que conseguiram acessar novamente o X no Brasil nesta quarta-feira, a plataforma declarou que está colaborando com o governo brasileiro para retornar “muito em breve para o povo do Brasil”. Parece que as ações já estão em andamento: as principais contas suspensas por ordem judicial do Supremo Tribunal Federal (STF) já estão bloqueadas novamente, entre elas as de Allan dos Santos, Monark, Daniel Silveira e Rodrigo Constantino., Paulo Figueiredo, Ludmila Lins entre outros
“Quando o X foi desligado no Brasil, nossa infraestrutura para fornecer serviço para a América Latina não estava mais acessível para nossa equipe. Para continuar fornecendo serviço ideal para nossos usuários, mudamos de operadora. Essa mudança resultou em uma restauração inadvertida e temporária do serviço para usuários brasileiros”, explicou a empresa.
“Embora esperemos que a plataforma fique inacessível novamente em breve, continuamos os esforços para trabalhar com o governo brasileiro para retornar muito em breve para o povo do Brasil”, finalizou a rede social em comunicado.
Como o X voltou?
Uma modificação no registro dos servidores do X tornou possível, depois de duas semanas, o acesso de brasileiros à rede social americana. Isso porque a plataforma comandada pelo bilionário Elon Musk começou a utilizar um serviço que opera como “escudo” para proteger seus servidores. Uma das empresas contratadas para isso foi a Cloudflare, que opera em 330 cidades de mais de 120 países.
A equipe técnica da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) constatou que o conteúdo do X foi colocado em redes de servidores, chamadas de CDNs (Redes de Entrega de Conteúdo), onde não estavam até a véspera. Com isso, não estavam bloqueados os endereços exclusivos que identificam os dispositivos na internet (chamados de IPs) a partir dessas novas redes em uso. Desta forma, usuários que foram direcionados para esses novos servidores tiveram o acesso restabelecido.
O X funcionava por meio de servidores próprios, mas agora está usando também empresas que prestam serviço de entrega de conteúdo, conhecidas como CDN. Quando houve determinação de suspensão do X no Brasil, ocorreu o bloqueio dos endereços ligados a esses servidores próprios. Com a mudança, o veto deixou de alcançar a rede social, e o X acabou “driblando” a decisão do Supremo.
Fonte: https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2024/09/19/x-trabalha-com-o-governo-brasileiro-para-retornar-e-ja-bloqueou-novamente-contas-suspensas-pelo-stf.ghtml
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