Após o senador Eduardo Girão questionar Wilson Witzel, sobre compra de respiradores superfaturados durante sua gestão, o ex-governador utilizou o habeas corpus concedido pelo ministro do STF, Kassio Nunes Marques, e deixou o seu depoimento na CPI.
Antes de tomar a decisão, ele prometeu revelar “fatos gravíssimos” em reunião secreta com a CPI, sob segredo de Justiça.
O senador Flávio Bolsonaro ressaltou as denúncias de corrupção envolvendo o nome do ex-governador. O senador disse que Witzel tem “a mão suja de sangue entre os quase 500 mil mortos” de Covid.
A fala foi uma resposta à declaração de Witzel, que afirmou que o presidente “deixou os governadores à mercê da desgraça que viria”.
Justiça Federal do Rio torna réu Wilson Witzel, a mulher dele, ex-secretários e companhia
Eles são acusados de constituir organização criminosa com a finalidade de praticar crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em licitações e peculato, bem como lavagem de dinheiro dos crimes (dinheiro que foi enviado, especialmente, para Portugal e Uruguai).
Ao todo, a Procuradoria-Geral da República apresentou quatro denúncias contra Witzel no STJ. A primeira delas foi recebida pela Corte superior porque o político ainda estava no cargo de governador.
Com o impeachment, Witzel perdeu o foro privilegiado no STJ e todas as outras ações foram enviadas à primeira instância. Duas delas ainda não foram analisadas pela Justiça Federal no RJ.
A operação, desdobramento da Lava Jato no Rio, apontou que o ex-governador teria recebido, por intermédio do escritório de advocacia da mulher, Helena Witzel, pelo menos R$ 554,2 mil em propina.