Weber se diz perplexa com parecer de PGR sobre Bolsonaro sem máscara

Ministra Rosa Weber disse que parecer causou “perplexidade”

Rosa Weber cobrou nesta sexta (1º), um novo parecer da PGR sobre os pedidos do PT e do PSOL para investigar se o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime ao sair sem máscara e causar aglomeração em eventos públicos, como as motociatas.

Para a ministra a primeira manifestação enviada pela PGR tem ‘dubiedades’ e cobrou esclarecimentos.

Em seu parecer no mês passado, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo considerou que Bolsonaro não cometeu crime.

Ela argumentou que não é possível atestar a ‘exata eficácia da máscara de proteção como meio de prevenir a propagação do novo coronavírus’, o que em sua avaliação impede o enquadramento do presidente por deixar de usar o equipamento. Também concluiu que o comportamento teve ‘baixa lesividade’.

Rosa Weber disse que o argumento causa ‘alguma perplexidade’. A ministra afirmou que não cabe ao Ministério Público ou ao Judiciário fazer juízo de valor sobre as normas sanitárias em vigor.

PGR diz que Bolsonaro iniciou convocações para o 7 de setembro

No documento, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, responsável pelo caso, teria afirmado que a convocação teve início no dia 15 de agosto, quando Bolsonaro teria divulgado uma mensagem para seus contatos no WhatsApp defendendo a organização de um “contragolpe” às manifestações contrárias ao seu governo.

Segundo O Globo, a PGR cita essa divulgação como sendo uma “entrevista” dada pelo presidente.

“A princípio, a organização da realização de prováveis atos de ataque à democracia e às instituições iniciou-se com entrevista do presidente da República informando que haveria ‘contragolpe’ aos atos entendidos como contrários à sua gestão, em 15 de agosto do presente ano”, escreveu Lindôra.

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