Velha e viciada imprensa tenta intimidar generais do planalto

O ato de proteger a soberania nacional, o governo e os interesses do país é tratado de forma distorcida, com a utilização da semiótica invertendo a ordem da realidade, é o famoso Acuse os adversários do que você faz, chame-os do que você é, militância patrocinada disfarçada de jornalismo.

Nesta terça-feira 10 o jornal Folha de S. Paulo publicou a seguinte matéria : OFENSIVA CONTRA AS URNAS ENVOLVEU, ABIN, GEN. RAMOS E HELENO, DIZ PF

A Polícia Federal (PF) aponta que membros da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e os generais Luiz Eduardo Ramos (ministro da Secretaria Geral da Presidência da República) e Augusto Heleno (ministro do Gabinete de Segurança Institucional — GSI) participaram, desde 2019, de ofensivas para buscar informações contra as urnas eletrônicas.

A investigação teve início após o presidente Jair Bolsonaro (PL) realizar, em julho de 2021, uma live em que compartilhou informações falsas e fez uma série de ataques ao sistema eleitoral. Relatada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a apuração corre dentro do inquérito das milícias digitais.

Uma das informações divulgadas por Bolsonaro durante a transmissão ao vivo foi a de que houve suspeita de fraude na eleição de 2014, quando Dilma Rousseff (PT) foi eleita.

O presidente utilizou como prova uma planilha elaborada pelo técnico Marcelo Abrileri.Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Abrileri relatou à Polícia Federal que foi procurado em 2019 pelo general Luiz Eduardo Ramos para se reunir com Bolsonaro e discutir “indícios de fraudes” nas urnas eletrônicas. O encontro teria sido no Palácio do Planalto.

De acordo com Abrileri, outras oito pessoas participaram da reunião, que teve uma hora de duração. À PF, o técnico afirmou que mostrou a Bolsonaro os indícios de possíveis fraudes nas eleições de 2014, e que outros participantes do encontro também mostraram supostas informações sobre falhas nas urnas.No entanto, o técnico disse não recordar quais seriam os dados apresentados.

Ainda de acordo com o jornal Folha de S.Paulo, Abrileri disse à polícia que foi novamente procurado pelo general Ramos entre junho e julho de 2021. Em ligação colocada em auto falante, o técnico conversou com o general e com o presidente Bolsonaro.

“Durante essa conversa foi avisado que estavam reunindo várias informações sobre possível fraude nas urnas eletrônicas. O general Ramos pediu para o declarante falar um pouco sobre as informações que descobriu”, disse Abrileri à Polícia Federal.

O técnico também relatou que o general Augusto Heleno, ministro do GSI, atuou na procura por informações contra as urnas eletrônicas. No mesmo inquérito, o perito da PF Ivo Peixinho apontou que a Abin procurou informações sobre o sistema eleitoral do país, entre 2019 e 2020.

De acordo com o perito, então chefe da Abin, Alexandre Ramagem, enviou uma consulta sobre ocorrências ou atividades envolvendo urnas eletrônicas nas eleições. Um informe com as atividades da PF sobre o tema teria sido produzido. O material foi utilizado na live de Bolsonaro — apesar de não apontar qualquer indício de fraude

A delegada responsável pelo caso, Denisse Ribeiro, concluiu que as ações para desacreditar o sistema eleitoral são relacionados à investigação criminosa apurada no inquérito das milícias digitais.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/05/ofensiva-contra-urnas-envolveu-abin-e-generais-ramos-e-heleno-aponta-pf.shtml

Oyama: Militares indicam que não embarcariam em possível golpe de Bolsonaro

As Forças Armadas não devem embarcar em um possível golpe de estado promovido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma eventual derrota na disputa presidencial. A apuração é da colunista do UOL Thaís Oyama, em O Radar das Eleições.

“Acho um engano quando se diz que as Forças Armadas estão fazendo intervenção na Justiça Eleitoral. Por enquanto não vejo intervenção, todos eles [militares] repetem isso. Uma coisa é existência de generais bolsonaristas que fecham com Bolsonaro e detestam Lula, outra coisa é achar que o Exército, a Marinha ou Aeronáutica vão embarcar numa aventura”.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou ontem as respostas da equipe técnica às sugestões das Forças Armadas para o processo eleitoral de 2022.

Ao todo, foram 7 sugestões apresentadas à Corte Eleitoral e todas foram rejeitadas, seja porque já são adotadas em alguma medida ou não são viáveis de serem implementadas ainda neste ano.

Na resposta da equipe técnica, o TSE afirmou às Forças Armadas que não há uma “sala escura” para apuração da eleição, rebatendo indiretamente as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) que acusou a Corte de manter uma sala secreta para contagem dos votos.

De acordo com apuração de Thaís Oyama, o entendimento atual é que, no máximo, Bolsonaro poderia liderar um golpe individualmente, sem apoio significativo dos militares.

A jornalista Thaís Oyama também revelou que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro temem que, com o discurso de que o atual mandatário se aproxima do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa, possíveis votos de figuras como Ciro Gomes (PDT) sejam transferidos ao petista.

“Essa narrativa de virada tem esse componente eleitoral positivo que mobiliza a galera, mesmo que por meio de notícias falsas, mas ela tem também seu viés negativo. O que eles temem é a migração dos votos, principalmente de Ciro, para o Lula”.

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo revela grupos bolsonaristas no WhatsApp, Telegram e canais no YouTube que tentam deslegitimar pesquisas de opinião que mostram Lula na liderança, recorrendo a enquetes enviesadas, pseudopesquisas e ataques contra o Datafolha e o Ipespe.

Segundo levantamento do NetLab, laboratório de pesquisas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e da consultoria de análise de dados Novelo Data, políticos e canais bolsonaristas têm compartilhado resultados de enquetes pela internet como se fossem pesquisas de opinião fidedignas, deslegitimado institutos estabelecidos e promovido o chamado “Datapovo” —fotos e vídeos de aglomerações que comprovariam a popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Fonte: https://www.uol.com.br/eleicoes/2022/05/10/oyama-militares-indicam-que-nao-embarcariam-em-possivel-golpe-de-bolsonaro.htm

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