Ultra-maga, czar da fronteira: quem está na equipe de Trump até agora

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, está formando seu novo governo e já definiu alguns dos principais integrantes de sua equipe, que assumirá em janeiro de 2025.

Confira os nomes já anunciados até o momento:

Susie Wiles, chefe de gabinete

Trump anunciou primeiro o nome de Wiles para integrar a equipe de seu segundo mandato. Ela é vista como uma das principais responsáveis pela vitória do republicano nas eleições presidenciais.

Nos Estados Unidos, o cargo de chefe de Gabinete é similar ao de ministro da Casa Civil no Brasil. Suas responsabilidades incluem coordenar as atividades do governo e organizar as demais secretarias. Susie também deverá atuar como uma das conselheiras mais influentes do presidente.

Wiles desempenhou um papel importante ao levar Trump ao poder em 2016 e ajudou a restaurar sua imagem em 2021, após a invasão do Capitólio por apoiadores em 6 de janeiro daquele ano.

Na eleição presidencial de 2024, trabalhou junto a Chris LaCivita. Embora Trump tenha ignorado orientações de campanha em vários momentos, os estrategistas mantiveram o foco nas fragilidades de Joe Biden e Kamala Harris.

Ela foi vista como uma força firme e discreta na terceira campanha de Trump à Casa Branca, liderando uma operação disciplinada que acabou se mostrando vitoriosa.

Elise Stefanik, embaixadora dos EUA para a ONU

Elise Stefanik será a representante dos EUA na ONU e defenderá a política isolacionista que o governo Trump deve adotar a partir de janeiro. Seu nome foi anunciado pelo novo presidente na segunda-feira (11).

Com 40 anos, Stefanik ocupa atualmente a quarta posição mais importante entre os republicanos na Câmara dos Deputados e preside a Conferência Republicana desde 2021. Ela é uma das aliadas mais fiéis de Trump na legislatura e chegou a ser considerada como possível vice-presidente.

Inicialmente crítica de Trump, Stefanik se aproximou do ex-presidente e, em 2019, passou a se identificar como “ultra-Maga”, em alusão ao slogan de Trump “Make America Great Again” (“Façam os EUA grandes novamente”, em português).

Stefanik é crítica da ONU como instituição e apoia as ações de Israel nas guerras contra o Hamas em Gaza e o Hezbollah no Líbano — apesar das acusações contra o país de violar o direito internacional e não proteger adequadamente a vida de civis nesses conflitos.

Sua nomeação precisa ser aprovada pelo Senado, que terá maioria republicana.

Tom Homan, responsável pelas fronteiras

Homan, ex-diretor do departamento de Imigração e Alfândega dos EUA no primeiro mandato de Trump, foi anunciado pelo presidente eleito como o “czar da fronteira” — um título que Trump já havia usado de forma irônica ao se referir a Harris.

Homan já estava cotado para um cargo no Departamento de Segurança Interna dos EUA. Durante o primeiro mandato de Trump, ele recebeu fortes críticas por apoiar a política de separação de crianças de famílias que imigraram ilegalmente.

Em seu novo papel, Homan será responsável pela fiscalização das fronteiras com o México e o Canadá, além da segurança marítima e aérea no contexto imigratório.

Uma das promessas de campanha de Trump é realizar a maior deportação em massa de imigrantes ilegais da história dos EUA, embora ele ainda não tenha detalhado como essa medida será implementada.

Stephen Miller, vice-chefe de governo para a política

O ex-conselheiro de Trump, Stephen Miller, foi nomeado na segunda-feira pelo republicano como vice-chefe de governo para assuntos de política, um cargo de alta confiança.

Miller está por trás das políticas mais duras de imigração adotadas por Trump entre 2017 e 2021 e é o “pai” do muro na fronteira entre os EUA e o México, marca registrada do primeiro mandato do republicano.

Mike Waltz, conselheiro de Segurança Nacional

Michael Waltz foi escolhido por Trump para assumir o cargo de conselheiro de Segurança Nacional dos EUA. Deputado republicano pela Flórida, Waltz é veterano de guerra e um crítico da China.

Ele é casado com Julia Nesheiwat, que exerceu o mesmo cargo no primeiro governo de Trump, e terá a responsabilidade de representar os EUA em meio a várias crises de segurança nacional. Entre seus desafios estão o apoio militar contínuo à Ucrânia, as crescentes preocupações com a aliança entre Rússia e Coreia do Norte, os persistentes ataques no Oriente Médio por aliados do Irã e os esforços para alcançar um cessar-fogo entre Israel, Hamas e Hezbollah.

Embora ainda não tenha sido oficialmente anunciado, fontes da Reuters e Associated Press anteciparam a informação.

Kristi Noem, secretária de Segurança Interna

O presidente eleito Donald Trump selecionou a governadora de Dakota do Sul, Kristi Noem, para ocupar o cargo de secretária de Segurança Interna dos EUA em seu novo governo, conforme fontes confirmaram à agência Reuters nesta terça-feira (12).

Lee Zeldin, chefe da Agência de Proteção Ambiental

Em comunicado, Trump afirmou que tomará decisões rápidas e justas para reduzir regulações ambientais e liberar o potencial da economia, enquanto preserva altos padrões ambientais, assegurando ar e água limpos para a população.

O ex-deputado Lee Zeldin declarou nas redes sociais que busca restaurar a liderança do país no setor de energia e revitalizar a indústria automobilística.

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