TST decide que greve só pode atingir 10% de funcionários das aéreas

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou, na tarde desta sexta-feira (16), que o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) garanta ao menos 90% dos pilotos e comissários trabalhando durante o período de paralisação da categoria. A decisão é liminar e cabe recurso. A greve está prevista para iniciar nesta segunda (19), das 6h às 8h, por tempo indeterminado.

Os trabalhadores pedem melhores salários.

De acordo com o sindicato patronal, a paralisação ocorre mesmo não tendo se esgotado todas as vias de negociação entre as partes. “Bem como o Snae garantido a data-base, bem como a manutenção da convenção coletiva 2021/2022”, defendeu.

A ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, do TST, impôs ainda multa de R$ 200 mil caso o SNA não cumpra a determinação. A decisão atende parcialmente o pedido feito pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), que solicitava o cancelamento total da greve, em detrimento da decisão pela paralisação, e multa de R$ 500 mil por dia.

No pedido, o Snea afirma que, desde a primeira reunião de negociação, os aeronautas sinalizaram às empresas que não abririam mão do aumento real.

As paralisações ocorrerão nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Rio-Galeão, Santos Dumont, Viracopos, Porto Alegre, Brasília, Confins e Fortaleza. Segundo o SNA, “em respeito à sociedade e aos usuários do sistema de transporte aéreo, os aeronautas farão a paralisação somente por duas horas, sendo assim todas as decolagens iniciarão após às 8h”.

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