TSE exclui de grupo de fiscalização coronel que divulgou “fake news” sobre urnas

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu excluir do grupo de fiscalização do processo eleitoral o coronel do Exército Ricardo Sant’Anna. Ele era um dos nove militares que integram o grupo.

Em ofício enviado nesta segunda-feira (8) ao ministro da Defesa, General Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, o TSE informa que o coronel será excluído do grupo por ter divulgado nas redes sociais fake news sobre as urnas eletrônicas.

Em nota, o Ministério da Defesa afirmou que o trabalho de fiscalização do sistema é “técnico” e “estritamente institucional”. A pasta também disse que o Exército já tinha decidido substituir Sant’Anna no grupo de fiscalização na semana passada, mas o novo indicado ainda não foi escolhido.

A informação de que o coronel propagava fake news sobre as urnas foi divulgada na semana passada pela coluna Rodrigo Rangel, do site Metrópoles. Depois, o perfil do coronel foi apagado.

O ofício enviado pelo TSE

O ofício enviado nesta segunda-feira é assinado pelo presidente do TSE, Luiz Edson Fachin, e pelo vice-presidente do tribunal, Alexandre de Moraes.

O ofício, então, comunica à Defesa a exclusão do coronel:

“À vista dos fatos narrados, serve o presente ofício para comunicar a vossa excelência o descredenciamento do coronel Ricardo Sant’Anna dos trabalhos de fiscalização, a partir desta data, rogando-se a esse ministério, caso entenda necessária nova designação, que substitua o aludido militar por técnico habilitado para as funções.”

Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pelo Ministério da Defesa:

Prezado jornalista,

O trabalho da equipe das Forças Armadas no âmbito da fiscalização do sistema eletrônico de votação é técnico e realizado de forma coletiva por seus integrantes, além de ser estritamente institucional. As atividades seguem a Resolução nº 23.673/2021. Assim, não há interferência das posições pessoais dos integrantes no trabalho da equipe.

Entende-se que as outras instituições, da mesma forma, realizam o trabalho de fiscalização com esse perfil, ou seja, independentemente das posições pessoais dos integrantes de suas equipes.

Sobre o uso de mídias sociais, os militares ficam sujeitos à regulação das Forças.

Já no fim de semana passado o Exército havia decidido selecionar um novo integrante para a equipe em substituição ao atual. Assim que a seleção estiver concluída, o TSE será informado a respeito.

Atenciosamente,
Assessoria Especial de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa

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