O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) avalia que a compra do Twitter pelo bilionário Elon Musk não deve afetar os acordos feitos entre a Corte e a plataforma para o combate à suposta desinformação na eleição.
Os entendimentos firmados até o momento são mais no sentido da cooperação e não preveem alterações significativas que ensejariam uma mudança de formato em uma nova gestão.
A previsão é que a negociação da compra da rede social por Musk só deve ser concretizada no final do ano, ou seja, após as eleições no Brasil. A aquisição precisa ser aprovada pelo regulador americano e passar por ritos de controle acionário, o que deve demorar.
Essa é a avaliação também do deputado federal Orlando Silva (PC do B-SP), relator do projeto de lei das fake news. “A consolidação da compra vai se projetar para além da eleição. Com sorte, vai ser homologada em dezembro. Eu não vejo no curto prazo uma mudança de orientação por parte do Twitter”, analisa.
O parlamentar acredita, ainda, que em que pese a defesa da liberdade de expressão pelo novo dono da plataforma, a mudança na condução dos negócios não deve ser brusca. Ele destaca que a postura como usuário não é, necessariamente, a mesma como dona da empresa. “A imagem pública é um ativo e se passar da linha, ele é quem vai perder”, diz.