Na terça-feira 20, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou a decisão da ministra Cármen Lúcia e manteve no ar vídeos em que Lula chama Bolsonaro de genocida.
A campanha de Bolsonaro interpelou discursos feitos pelo petista em Recife (PE), em 21 de julho, e em Campina Grande (PB), em 2 de agosto, antes do prazo estabelecido para o início da campanha eleitoral.
No discurso feito em Recife, Lula disse que o PT fez mais pelo agronegócio “do que esse genocida que está aí”, sem mostrar provas. Já em Campina Grande, usou os termos “fascista”, “miliciano”, “mentiroso”, “negacionista”, “desumano”, “pessoa do mal” e “covarde” para se referir a Bolsonaro.
Advogados do Planalto acusaram Lula de promover “tentativa de captação antecipada de votos” e pediu ao TSE a exclusão imediata dos vídeos em que Bolsonaro é chamado de genocida e fascista, sob risco de interferência no processo eleitoral. Em agosto, a ministra Cármen Lúcia negou a solicitação.
Acompanharam o voto da relatora os ministros Benedito Gonçalves, Ricardo Lewandowski e Alexandre de Moraes. O magistrado Carlos Horbach abriu divergência, mas só foi seguido por Raul Araújo e Sérgio Banhos.