Donald Trump está fazendo o que sua vitória eleitoral lhe deu, o direito de construir uma equipe de governo à sua própria imagem de linha dura e com seu slogan de campanha ‘Make America Great Again’ (Maga) – em tradução livre ‘Tornar a América Grande Novamente’.
O que pode acabar sendo a ala mais de direita da era moderna terá como alvo as elites de Washington e os imigrantes sem documentos, tentará destruir o estado regulador e dirá ao resto do mundo que, de agora em diante, a América em primeiro lugar.
O formato do segundo governo de Trump está surgindo em seu resort em Mar-a-Lago, onde ele festeja com os membros do clube em meio a uma atmosfera prospera ainda mais com presença do homem mais rico do mundo, Elon Musk.
Cada uma das novas escolhas do presidente eleito para os cargos mais altos foi o suficiente para causar arrepios nos inimigos. E isso é parte do plano.
Stephen Miller, visto pela última vez em público declarando que “a América é para os americanos e somente para os americanos” no agitado comício de Trump no Madison Square Garden, deve ser nomeado vice-chefe de gabinete para políticas da Casa Branca, informou a CNN, uma posição na qual ele provavelmente fará deportações em massa.
Tom Homan, a escolha para “czar da fronteira”, ostenta um personagem rude que é uma boa combinação para um presidente eleito que ama um cara durão.
E Kaitlan Collins, da CNN, relatou na terça-feira (12) que a governadora de Dakota do Sul, Kristi Noem, que tem sido uma fervorosa apoiadora de Trump desde seu primeiro mandato, é sua escolha para secretária de Segurança Interna.
Noem é uma heroína do movimento Maga e estrela da mídia conservadora. Se confirmada para o papel, ela formaria um trio intransigente de autoridades responsáveis pela fiscalização da fronteira ao lado de Miller e Homan.
Embora a palavra de Trump seja lei no novo governo, as escolhas de segurança nacional do presidente eleito até agora sugerem uma abordagem republicana mais convencional à política externa do que aquelas para imigração.
Trump nomeou Marco Rubio como secretário de Estado, que se converteu ao Trumpismo e, na Convenção Nacional Republicana deste verão, disse à nação que “a única maneira de tornar a América rica, segura e forte novamente é fazer de Donald J. Trump nosso presidente novamente”.
A escolha de Trump para embaixadora da ONU é a presidente da conferência do Partido Republicano na Câmara, Elise Stefanik, cuja carreira disparou e se tornar uma das principais defensoras de Trump.
“Estou pronta para avançar a restauração da paz America First do presidente Donald J. Trump por meio da liderança forte no cenário mundial no primeiro dia nas Nações Unidas”, disse a congressista de Nova York em uma declaração.
Trump escolheu o deputado da Flórida Mike Waltz para ser conselheiro de segurança nacional, em uma atitude que causará impacto no outro lado do Atlântico, dado o alerta do ex-Boina Verde neste ano de que “é hora de os aliados investirem em sua própria segurança” e que os contribuintes americanos pagaram “a conta por muito tempo”.
Rubio, Waltz e Stefanik são todos críticos da China e sua seleção oferece uma indicação clara de como a política de Trump se desenvolverá em relação à nova superpotência rival dos Estados Unidos.
O presidente eleito também escolheu o ex-representante de Nova York Lee Zeldin para chefiar a Agência de Proteção Ambiental, apesar ou por causa de suas classificações baixíssimas de grupos verdes progressistas enquanto estava na Câmara.
Os dois últimos presidentes democratas usaram os poderes regulatórios da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) para tentar combater as mudanças climáticas.
Mas Zeldin prometeu implementar a política energética de Trump “drill, baby, drill” – slogan que ficou famoso no Partido Republicano em 2008, e faz referência para que aumente a produção de petróleo -, e enquadrou suas responsabilidades como “proteger o acesso ao ar e à água limpos”, parafraseando seu novo chefe.
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