BID- Base Industrial de Defesa

Denomina-se Base Industrial de Defesa (BID) o conjunto das empresas estatais ou privadas que participam de uma ou mais etapas de pesquisa, desenvolvimento, produção, distribuição e manutenção de produtos estratégicos de defesa – bens e serviços que, por suas peculiaridades, possam contribuir para a consecução de objetivos relacionados à segurança ou à defesa do país.

Para que possa se consolidar com sucesso, a BID depende do trabalho conjunto e harmônico do setor produtivo, concentrado essencialmente na iniciativa privada, com o setor de desenvolvimento, a cargo do Estado.

O Ministério da Defesa atua com vistas a promover condições que permitam alavancar a Base Industrial de Defesa brasileira, capacitando a indústria nacional do setor para que conquiste autonomia em tecnologias estratégicas para o país. Ciente da magnitude desse desafio, trabalha também para que haja esforço orçamentário continuado para os projetos estratégicos de defesa.


Duas iniciativas nesse sentido são a instituição do Plano de Articulação e Equipamento de Defesa (PAED) e o advento da Lei de fomento à Base Industrial de Defesa. Além de instituir um marco regulatório para o setor, a norma diminui o custo de produção de companhias legalmente classificadas como estratégicas e estabelece incentivos ao desenvolvimento de tecnologias indispensáveis ao Brasil

ATOBÁ

SIMDE – Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa

O Setor de Defesa, na maioria dos países, é considerado estratégico não só por salvaguardar fronteiras e garantir a soberania nacional, mas também, em se tratando de um segmento multidisciplinar, por fomentar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico, aplicável tanto no próprio setor como no dia-a-dia da sociedade civil.

​Incentivar, servindo de alavanca para o avanço tecnológico, e estimular o desenvolvimento do país são, portanto, premissas inerentes às atividades da indústria de defesa.

O SIMDE atua de forma efetiva como órgão negociador dos contratos de trabalho e luta para que nossa indústria, de defesa e segurança, retome o posicionamento que alcançou em passado recente.

Hoje, 140 empresas compõem o Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa – SIMDE. As associadas atuam em diversos ramos de atividade, como Armas e Munições Letais e não-letais, Aeroespacial, Naval, Blindagem, Metalúrgicas, Representação Comercial, Sistemas, Serviços, Alimentos, Saúde, Segurança. 

BID Brasil é vitrine do setor de Defesa e Segurança em 2021

A 6ª Mostra BID Brasil foi realizada entre os dias 7 e 9 de dezembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF).

Além de estreitar relação com potenciais parceiros nacionais, durante os três dias de evento os expositores terão a oportunidade de apresentar suas empresas a adidos militares e embaixadas de diversos países.

A Mostra BID Brasil também será o palco do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares (CNCG), que reúne especialistas e agentes das Forças de Segurança de diversos estados brasileiros.

A Mostra contou com 65 expositores de produtos de defesa, segurança e tecnologia, já confirmados, e 38 apoiadores institucionais.

Entre eles, está o Governo Federal, representado pelos Ministérios da Defesa; das Relações Exteriores; de Minas e Energia; da Ciência, Tecnologia e Inovações, e da Justiça e Segurança Pública,por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública. Também apoiam o evento, as Forças Armadas brasileiras e as Forças de Segurança estaduais.

Esse apoio mostra a importância da Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS).  Ao todo, são mais de 1,1 mil empresas produzindo diversos produtos e serviços de alta tecnologia e com forte demanda, inclusive para o mercado internacional. De acordo com dados do governo, o setor gera ao Brasil cerca de US$ 4,5 bilhões em exportações, com potencial para mais de US $3 bilhões.

O setor representa diretamente 4% do PIB (Produto Interno Bruto) do país. Considerando as cadeias produtivas indiretas, esse índice chega a quase 7,5%.

Taurus apresenta a pistola G3 com Grafeno ao presidente Jair Bolsonaro

O CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, e o reitor da Universidade de Caxias do Sul, Evaldo Antonio Kuiava, recebeu em 09-07-21 o presidente da República, Jair Bolsonaro, na abertura da 1ª Feira Brasileira do Grafeno, que acontece de 09 a 16 de julho 2021, em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.

Além de um revólver ativo, Salesio Nuhs entregou a Bolsonaro um troféu com o protótipo da arma G3, que  utiliza grafeno na composição, e um capacete de grafeno fabricado pela empresa. O presidente usará o equipamento de proteção na “motociata” prevista para , no Rio Grande do Sul.

Bolsonaro foi presenteado pela Taurus com um capacete feito de Grafeno

Bolsonaro disse que o Brasil poderia ser polo mundial em grafeno, ao explorar o potencial das reservas brasileiras existentes para a produção do material.

No lançamento do programa de mineração e desenvolvimento, em 2020, o presidente Bolsonaro afirmou que o nióbio e o grafeno podem “produzir maravilhas” para o mundo. 

“A superbateria de grafeno e o nióbio revolucionará a indústria automobilística no mundo e nós temos isso em abundância”, disse.

A Taurus, uma das maiores fabricantes de armamento leve do mundo, oficializou, no dia 30 de junho, um convênio com a Universidade de Caxias do Sul (UCS) para realizar pesquisa e desenvolvimento de armamentos com grafeno.

O material à base de carbono é considerado o mais leve e forte do mundo (200 vezes mais resistente do que o aço), superando até mesmo o diamante, e pode ser adicionado à composição de inúmeros produtos para aprimorá-los. Também é o material mais fino que existe (da espessura de um átomo ou 1 milhão de vezes menor que um fio de cabelo). O grafeno caracteriza-se por ser de elevada transparência, leve, maleável, resistente ao impacto e à flexão, entre outras propriedades.

A parceria entre a Taurus e a UCS acontecerá através da UCSGRAPHENE, primeira e maior planta de produção de grafeno em escala industrial da América Latina instalada por uma universidade e que faz parte do TecnoUCS – Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação. A estrutura – junto aos demais laboratórios de pesquisa, inovação e desenvolvimento tecnológico de toda a universidade, assim como atuação do centro de tecnologia e equipe técnica das empresas parceiras Zextec e Znano – permitirá a rápida realização de testes e desenvolvimento de protótipos de armas.

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