Em discurso de Ano Novo, Tsai Ing-wen afirmou que vai defender a soberania do país e o conflito militar com a China não é a resposta para resolver desacordos
A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, marcou o novo ano com uma mensagem para a China: o conflito militar não é a resposta.
“Devemos lembrar às autoridades de Pequim que não julguem mal a situação e evitem a expansão interna com um ‘aventureirismo militar’”, disse no sábado (1), em seu discurso de Ano Novo
A China afirma que governou Taiwan democraticamente como seu próprio território e aumentou a pressão militar e diplomática nos últimos dois anos para fazer valer suas reivindicações de soberania.
No discurso de Ano Novo do presidente chinês Xi Jinping, um dia antes, ele disse que a unificação completa da “pátria mãe” era uma aspiração compartilhada por pessoas de ambos os lados do Estreito de Taiwan.
Já Taiwan afirma ser um país independente e prometeu repetidamente defender sua liberdade e democracia. “Os militares definitivamente não são uma opção para resolver desacordos através do Estreito. Os conflitos militares afetariam a estabilidade econômica”, afirmou Tsai.
“Nossos dois lados assumem conjuntamente a responsabilidade de manter a paz e a estabilidade regionais. A postura de Taiwan sempre foi a de não sucumbir ao enfrentar pressão”, acrescentou a presidente.
Ela também afirmou que Taiwan continuará monitorando a situação em Hong Kong, acrescentando que a interferência nas recentes eleições legislativas e as prisões esta semana de funcionários do veículo de comunicação Stand News “fez as pessoas se preocuparem ainda mais com os direitos humanos e a liberdade de expressão”.
“Uma governança estável é a meta mais importante de Taiwan em 2022. Manteremos nossa soberania, defenderemos os valores da liberdade e da democracia, a soberania territorial, a segurança nacional e manteremos a paz e a estabilidade na região do Indo-Pacífico”, completou a presidente.