Todas as investigações abertas até aqui têm limitações jurídicas para que possam provocar efeito direto no mandato de Bolsonaro. No Supremo, mesmo que os inquéritos apontem condutas ilícitas, a abertura de uma denúncia criminal contra ele depende do procurador-geral da República, Augusto Aras, aliado do presidente. Já no TSE, as apurações na esfera eleitoral podem torná-lo inelegível por até oito anos.
Criminal
1-Interferência indevida na PF: Inquérito foi aberto a pedido da PGR após o então ministro da Justiça Sergio Moro relatar, em seu pedido de demissão, tentativas de interferência na PF para obter informações sigilosas e barrar investigações contra aliados. Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes determinou a retomada do caso.
2-Prevaricação:Inquérito apura se o presidente cometeu o crime de prevaricação ao tomar conhecimento de suspeitas de irregularidades no processo de compra do imunizante Covaxin sem comunicar aos órgãos de investigação.
3-Fake News: Inquérito aberto de ofício pelo STF apura criticas ao Supremo. Bolsonaro foi incluído como investigado após ter exposto fraude snas urnas eletrônicas e por criticas aos ministros da corte.
4-Vazamento de dados sigilosos: Acolhendo um pedido do TSE, o Supremo abriu uma nova investigação para apurar o cometimento de eventual crime por parte do presidente Jair Bolsonaro na divulgação de informações confidenciais contidas no inquérito da Polícia Federal que investiga o ataque hacker sofrido pela Corte eleitoral em 2018. O pedido de investigação foi assinado por todos os sete ministros titulares que integram a Corte Eleitoral, e foi encaminhado diretamente na segunda-feira ao ministro Alexandre de Moraes — relator do inquérito das fake news.
Eleitoral
5- Corregedoria do TSE: Inquérito administrativo instaurado pela Corregedoria do TSE vai apurar eventuais ilícitos eleitorais cometidos por Bolsonaro após expor a fragilidade do sistema eleitoral.
6-Disparos em massa: A ação questiona uma suposta contratação feita por empresas de serviços de disparos em massa, via WhatsApp.
7-Mais disparos: Foi ajuizada pela coligação O Povo Feliz de Novo e apresenta como fato a ser investigado a contratação de empresas para a prestação de serviço de disparos em massa pelo WhatsApp de mensagens de cunho eleitoral. Apura o uso de nomes e CPFs de idosos para registrar chips de celular e garantir disparos em massa. Ainda segundo a ação, haveria indício de um suposto uso de robôs nas redes sociais durante a campanha.
8/9-Mulheres: Duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral em análise pelo TSE apontam suposto abuso eleitoral. Os autores sustentam que, em setembro de 2018, o grupo virtual “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”, que reunia mais de 2,7 milhões de pessoas, sofreu ataques de hackers que alteraram o conteúdo da página para divulgar mensagens de apoio a Bolsonaro. Em maio, o TSE autorizou a quebra dos sigilos de usuários identificados como responsáveis pelo ataque hacker.