STF dá 48 para governo explicar plano de imunização a crianças

O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, deu 48 horas para o governo federal se manifestar sobre a atualização do Programa Nacional de Imunização (PNI) para crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 antes da volta às aulas no primeiro semestre de 2022.

A União também precisa se posicionar sobre a criação de um ‘Dia D’ para imunização ou de possíveis datas para implementar mutirões de vacinação.

A ordem foi dada em uma ação movida por partidos de oposição que, desde outubro do ano passado, cobram medidas mais efetivas para a imunização da população. Em um novo capítulo do processo, o Partido dos Trabalhadores (PT) pediu que o Ministério da Saúde seja obrigado a estabelecer um cronograma para a distribuição dos imunizantes a crianças na faixa dos 5 aos 11 anos.

“O início da vacinação depende, agora, apenas e tão somente do calendário e da logística do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde”, apontouo partido ao STF.

O Ministério da Saúde começou a se preparar para a vacinação de crianças em novembro, antes da autorização da Anvisa, e negociou a aquisição de 40 milhões de doses. A entrega dos imunizantes foi condicionada ao aval do órgão. A política, no entanto, enfrenta resistência do presidente Jair Bolsonaro e de apoiadores do governo.

Anvisa liberou uso da vacina da Pfizer em crianças

Na manhã desta quinta-feira (16), a área técnica da Anvisa autorizou a aplicação da vacina da Pfizer contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Em outubro, a Pfizer disse que a vacina é segura e mais de 90,7% eficaz na prevenção de infecções em crianças de 5 a 11 anos.

A dosagem para esse público será menor do que a utilizada por maiores de 12 anos. O Brasil ainda não tem essas doses ajustadas.

A Anvisa alerta que a autorização é baseada nos dados disponíveis até o momento e os resultados são avaliados a todo momento.

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