Michele Prado, uma pesquisadora ligada a um centro da Universidade de São Paulo (USP), sofreu ameaças e ataques de grupos de esquerda. Conforme relatado por Paulo Cappelli na coluna do Metrópoles, o conflito teve início depois que ela “corrigir” dados de uma pesquisa sobre as enchentes no Rio Grande do Sul e as reações da população na internet.
Em uma publicação na antiga plataforma Twitter (agora chamada de “X”), Michele compartilhou seu desespero: “Esse pessoal só vai parar quando eu me matar”. Ela também revelou que foi excluída do grupo de pesquisa sobre extremismo do qual fazia parte.
A controvérsia emergiu quando Michele contestou informações divulgadas pela mídia e por Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência. Ele argumentava que as fake news estavam interferindo nas operações de resgate das vítimas das inundações no RS. Michele contrapôs, apontando erros nas informações.
Demitida de grupo da USP fala em ‘milícia digital’ de Janja
Nesta segunda-feira (13), a pesquisadora Michele Prado comunicou que foi afastada do grupo de pesquisa em que atuava na Universidade de São Paulo (USP), depois de refutar uma notícia falsa divulgada pela jornalista Daniela Lima, da GloboNews.
Em seu perfil na rede social X, ela ainda expôs a existência de uma milícia digital organizada por Rosângela da Silva, conhecida como Janja, a primeira-dama.
De acordo com Michele, Daniela Lima divulgou por conta própria a informação, que segundo a pesquisadora é falsa, de que “31% dos discursos de sentimento antigovernamentais e anti-institucionais (críticas a governo e instituições) eram desinformação”. Segundo a pesquisadora, o grupo do qual ela fazia parte sequer classificou esse dado.
Michele declarou então que, após corrigir a jornalista, ela chegou a ser insultada e sofrer assédio moral por parte de Daniela. Após o fato, a pesquisadora informou que foi desligada do grupo da USP.
DENÚNCIA CONTRA JANJA
Em outra postagem na rede social X, a pesquisadora também divulgou ainda uma grave denúncia sobre a primeira-dama Janja, que, segundo ela, teria criado uma “milícia digital” que estaria manipulando a opinião pública.
“Recomendo cuidado e atenção com a milícia digital criada pela primeira-dama, pois é um gabinete de ódio muito mais nocivo, virulento e preocupante, pois pauta o debate público, a imprensa e o governo. E estão manipulando a opinião pública como bem desejam” escreveu.
Diante da repercussão das postagens da pesquisadora, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) anunciou que entrará com um requerimento para que Michele seja ouvida na Câmara.
“Entrarei com um requerimento na comissão de comunicação, para convidar a jornalista Michele Prado, para prestar esclarecimentos sobre suas alegações de: milícia digital criada pela primeira-dama; gabinete do ódio; e manipulação da opinião pública realizada por meios de comunicação. É de máxima importância ouvir e trazer luz a essas denúncias” declarou.
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