O senador Rogério Carvalho (PT-SE) pediu a quebra de sigilos do general Braga Netto enquanto ele esteve à frente da Casa Civil.
O pediu que a presidência da CPI tenha acesso a todas as comunicações via e-mails do período em que o ministro da Defesa, general Braga Netto, ocupou a chefia da Casa Civil, de fevereiro do ano passado a março deste ano.
Para Rogério Carvalho, o general teria participado de negociações junto ao Ministério da Saúde para compra de imunizantes.
Por isso, o senador petista sugere a quebra de sigilo das mensagens trocadas entre Braga Netto e a pasta. A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) reforçou o pedido.
Na sessão desta terça-feira, Renan Calheiros disse que a Câmara aprovou a convocação de Braga Netto e defendeu que a CPI no Senado faça o mesmo.
“Braga Netto faz ameaças diuturnas, com retrocesso, com golpes, desfazendo a própria essência dos golpes. Nós já tivemos golpes no Brasil, rupturas institucionais, mas nós nunca tivemos um golpe como este que está sendo ameaçado, na defesa de um governo corrupto e impopular, de acordo com o entendimento da população brasileira. Então, nós temos sim que fazer essas convocações, porque essa investigação precisa avançar da forma que for necessário avançar. E a presença nesta comissão do ministro Braga Netto é fundamental para que muitos desses aspectos possam, verdadeiramente”, disse Renan.
Câmara convida Braga Netto, da Defesa, a explicar nota das Forças Armadas
A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça (13/7), um requerimento de convite do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, a comparecer à Comissão de Fiscalização e Controle para explicar a nota assinada por ele na semana passada em resposta as declarações de Omar Aziz, no Senado Federal.
Na nota assinada pelos Comandantes das três forças e pelo Ministro da defesa, foi dito que não aceitariam “qualquer ataque levado às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”.
A carta diz ainda que as narrativa, afastada dos fatos, atinge as Forças Armadas de forma vil e leviana, tratando-se de uma acusação grave, infundada e, sobretudo, irresponsável.
O requerimento foi apresentado pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO). “Não vamos aceitar intimidação ao trabalho parlamentar de fiscalização de agentes públicos. A lei é para todos, doa a quem quer. O papel das Forças Armadas e do Ministério da Defesa não é tentar esconder irregularidades e atacar quem investiga corrupção, mas sim identificar e responsabilizar quem comete crime”, disse o deputado.
NOTA NA INTEGRA
Brasília, 07/07/2021 – O Ministro de Estado da Defesa e os Comandantes da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira repudiam veementemente as declarações do Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, Senador Omar Aziz, no dia 07 de julho de 2021, desrespeitando as Forças Armadas e generalizando esquemas de corrupção.
Essa narrativa, afastada dos fatos, atinge as Forças Armadas de forma vil e leviana, tratando-se de uma acusação grave, infundada e, sobretudo, irresponsável.
A Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira são instituições pertencentes ao povo brasileiro e que gozam de elevada credibilidade junto à nossa sociedade conquistada ao longo dos séculos.
Por fim, as Forças Armadas do Brasil, ciosas de se constituírem fator essencial da estabilidade do País, pautam-se pela fiel observância da Lei e, acima de tudo, pelo equilíbrio, ponderação e comprometidas, desde o início da pandemia Covid-19, em preservar e salvar vidas.
As Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às Instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro.
Walter Souza Braga Netto
Ministro de Estado da Defesa
Alte Esq Almir Garnier Santos
Comandante da Marinha
Gen Ex Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
Comandante do Exército
Ten Brig Ar Carlos de Almeida Baptista Junior
Comandante da Aeronáutica