Senado dos EUA aprova orçamento de US$ 768 bilhões para Defesa em 2022

O Senado dos Estados Unidos aprovou este mês um orçamento de US$ 768 bilhões para o setor da Defesa em 2022.

O chamado Ato de Autorização de Defesa Nacional foi aprovado por 88 votos a favor e 11 contra. O texto segue para sanção do presidente Joe Biden.

O acordo final libera US$ 740 bilhões para o Pentágono e US$ 27,8 bilhões para programas de armas nucleares sob a responsabilidade do Departamento de Energia.

Para o Pentágono, os senadores aprovaram US$ 25 bilhões a mais do que o solicitado pelo presidente Joe Biden.

Os senadores argumentaram que o pedido do presidente norte-americano, de US$ 715 bilhões, não era suficiente para acompanhar a inflação e igualar os feitos militares de China e Rússia.

De acordo com o projeto, o Pentágono deve informar ao Congresso sobre a “grande estratégia” para lidar com a China, o desenvolvimento de mísseis hipersônicos, ameaças de “fenômenos aéreos não identificados” e sobre o que se sabe sobre a síndrome de Havana –nome dado a condição relatada por diplomatas dos EUA em vários países, que disseram ter sintomas como vertigem, enxaqueca e falta de equilíbrio.

Outras medidas aprovadas são:

-US$ 300 milhões para a Iniciativa de Assistência à Segurança na Ucrânia, que dará apoio às forças ucranianas, em tensão com a Rússia;

-US$ 4 bilhões para a Iniciativa de Defesa Europeia;

-US$ 150 milhões para cooperação na região do mar Báltico;

-US$ 7,1 bilhões para a Iniciativa de Dissuasão do Pacífico, que, entre outras coisas, apoia a defesa de Taiwan –ilha que a China considera como parte de seu território;

-aumento de 2,7% no soldo;

-compra de aviões e navios.

O projeto que chegará à Casa Branca propõe ainda a criação de uma comissão para estudar a guerra no Afeganistão. Por ordem de Biden, as tropas norte-americanas se retiraram do país depois de 20 anos.

Estados Unidos falham pela terceira vez em teste de míssil hipersônico

Os Estados Unidos começaram a trabalhar, em abril de 2021, em um protótipo de míssil hipersônico AGM-183A, a fim de se protegerem de possíveis ataques de China e Rússia. Mas o país não tem tido muito sucesso nos testes até esse momento.

Heath Collins, general da Força Aérea dos Estados Unidos responsável pelo projeto, informou que o Lockheed Martin apresentou a terceira falha consecutiva e não pôde ser testado no último dia 15 de dezembro como deveria.

De acordo com o relato oficial, o míssil foi montado corretamente sob a asa de um B-52H, mas não conseguiu ser disparado. Ainda não há projeção sobre quando um novo teste será realizado para ver se, enfim, o AGM-183A estará pronto para emergências.

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