Sem Skaf, que apoiou impeachment de Dilma, Fiesp recebe Lula em almoço

Após 10 anos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) volta à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O petista teve almoço marcado com alguns dos maiores industriais paulistas, nesta terça-feira (5).

O encontro reuniu nomes como Josué Alencar, presidente da Fiesp; Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Beto Sucupira (Ambev), Luiza Trajano (Magazine Luiza), Dan Iochpe (Iochpe-Maxion), Jacyr Costa (Agroadvice), Fábio Coelho (Google), João Moreira Salles (Itaú) e Roberto Azevedo (Pespi).

Além de Alckmin, Lula estava acompanhado do ex-prefeito Fernando Haddad, candidato do PT ao governo de São Paulo nas eleições deste ano, e do ex-ministro Aloizio Mercadante, presidente da Fundação Perseu Abramo, braço teórico do PT.

Fontes da Fiesp ressaltaram que o almoço foi uma agenda “reservada” promovida pelo presidente da Fiesp, que é filho do ex-vice-presidente de Lula, José Alencar. A entidade realizará a partir do final de julho uma série de encontros oficiais com os pré-candidatos ao Palácio do Planalto.

A última ida de Lula à entidade ocorreu em novembro de 2011, no governo de Dilma Rousseff (PT), quando Paulo Skaf presidia a Fiesp.

Skaf, que comandou a entidade por 17 anos, se virou contra o petismo e apoiou o impeachment de Dilma. 

O pato gigante de borracha colocado em frente à sede da Fiesp, em São Paulo, virou um dos símbolos da entidade contra a administração petista, na campanha “Não vamos pagar o pato”, que se referia aos impostos no Brasil.

Na época, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, distribuiu nota à imprensa para avisar o governo federal (temer) que não concordará com eventual aumento de tributos e que o setor lutará contra isso. “O pato vai para a rua”, diz a nota em referência ao pato inflável amarelo que a Fiesp usou no movimento pelo impeachment de Dilma Rousseff e, desde então, tem adotado como mascote para ilustrar protestos contra aumento da carga tributária.

Em 2018, Skaf foi candidato a governador de São Paulo pelo MDB. Ficou em terceiro lugar. Próximo do presidente Jair Bolsonaro, Skaf foi nomeado para o Conselho da República em fevereiro do ano passado e hoje está filiado ao Republicanos.

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