Seis opositores de Maduro se refugiam na embaixada da Argentina na Venezuela, que corta a luz do prédio

Seis opositores do governo maduro encontram-se asilados na embaixada da Argentina em Caracas, capital da Venezuela, desde segunda-feira (25).

A presidência de Javier Milei confirmou a notícia na terça-feira (26) por meio de uma publicação na rede social X (anteriormente Twitter). O texto diz que a Argentina recebeu os líderes políticos opositores na sua embaixada em Caracas “com o respaldo da inviolabilidade consagrada no artigo 22 da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas, do qual ambas as nações, Argentina e Venezuela, são signatárias”.

Confira o comunidado do governo ARGENTINO:

O Ministério de Relações Exteriores da Argentina não revelou os nomes das pessoas que estão na embaixada, mas, de acordo com o jornal argentino “La Nación”, os seis são ligados ao partido Vente Venezuela, da líder María Corina Machado

Os argentinos também afirmam que a luz elétrica do imóvel da embaixada deixou de ser fornecida e que é obrigação do Estado que recebe diplomatas garantir as instaçãoes da missão “contra intrusões ou danos e preservar a tranquilidade e dignidade da mesma”.

No fim da nota, afirma-se que o o presidente Javier Milei “pede que o socialista Nicolás Maduro garanta a segurança e o bem-estar do povo venezuelano e convoque eleições transparentes, livres, democráticas e competitivas“.

Policiais argentinos

Conforme relatado pelo jornal “Clarín”, a ministra de Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, tomou a decisão de enviar dois policiais para a embaixada argentina na Venezuela.

A permissão para a entrada dos policiais no país está sujeita à aprovação de um visto pelo governo de Nicolás Maduro. Caso os agentes sejam autorizados a entrar na Venezuela como representantes da Argentina, eles terão imunidade diplomática, segundo o “Clarín”.

De acordo com o periódico argentino, a embaixada argentina em Caracas não conta com segurança policial da Argentina, mas sim com a proteção da guarda bolivariana.

Desde a posse de Javier Milei como presidente da Argentina, em dezembro do ano passado, o país ainda não designou um embaixador em Caracas. O principal representante diplomático argentino na Venezuela é o encarregado de negócios, Gabriel Volpi.

Prisões recentes

Na semana passada, o procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, afirmou que duas pessoas próximas a María Corina Machado haviam sido presas.

Ele disse ainda que tinha mandados de prisão para outras sete pessas, inclusive uma assessora importante, Magalli Meda (segundo o “La Nación”, ela é uma das seis pessoas que estão na embaixada argentina).

Quem são os opositores que se refugiaram na embaixada

De acordo com o “La Nación”, as seguintes pessoas estão na embaixada da Argentina na Venezuela:

  • Magalli Meda, chefe de campanha de María Corina Machado.
  • Pedro Urruchurtu, coordenador internacional do partido Vente Venezuela.
  • O ex-deputado Omar González.
  • Humberto Villalobos, um especialista em eleições.
  • Claudia Macero, responsável pela comunicação do partido.

Há uma sexta pessoa que não quer revelar sua identidade.

Omar González, o ex-deputado que está na embaixada, deu uma entrevista a uma rádio argentina e falou que eles ainda não começaram o processo para pedir asilo político.

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