“As nossas práticas, como diferem muito das anteriores, a pressão vem para cima da gente, para o pessoal da família. Veio inquérito especial para os meus dois filhos hoje. O mais velho e o zero dois sobre fake news. Mas não tem problema, não. Se jogarem fora das quatro linhas da Constituição, entramos num vale tudo no Brasil”, declarou
Bolsonaro disse que “se é vale tudo”, tem que valer para os dois lados. “Então, esse negócio de prender esposa, irmãos, filhos é das ditaduras. Não acha o cara em casa e prende a esposa e prende os filhos. Então, se a ideia for essa, se avançarem, entro no campo minado chamado vale tudo”, afirmou.
A declaração vem após Moraes, abrir novo inquérito “em virtude da presença de fortes indícios e significativas provas apontando a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político absolutamente semelhante àqueles identificados no Inquérito 4.781, com a nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito”.
A Polícia Federal vai investigar 10 deputados federais e os três filhos parlamentares de Jair Bolsonaro, o senador Flávio, o deputado Eduardo e o vereador Carlos.
Os deputados que serão investigados são: Bia Kicis (PSL-DF), presidente da principal comissão da Câmara, a de Constituição e Justiça; Carla Zambelli (PSL-SC); Paula Belmonte (Cidadania-DF); Caroline de Toni (PSL-SC); Aline Sleutjes (PSL-PR); Carlos Roberto Coelho de Mattos Júnior, mais conhecido como Carlos Jordy (PSL-RJ); Paulo Eduardo Martins (PSC-SC); José Negrão Peixoto, o Guiga Peixoto (PSL-SP); Eliéser Girão Monteiro Filho, o General Girão (PSL-RN); e, Daniel Silveira (PSL-RJ), que está preso e teve o mandato suspenso.