Ministros e líderes partidário estudam uma forma de usar o texto para providenciar a nomeação de Caio Paes de Andrade, sem necessidade de autorização da assembleia geral de acionistas. Da mesma forma, a MP garantiria a troca de todos os conselheiros.
O “combo” inclui ainda a mudança na política de reajuste dos preços dos combustíveis, embora ainda não haja consenso sobre o fim da paridade internacional. A redação deve garantir, porém, um prazo maior para novos aumentos.
Interlocutores do governo disseram que caso a MP seja aprovada, não haveria mais a necessidade de uma CPI dos preços dos combustíveis, que já conta com as assinaturas de 110 parlamentares — o mínimo são 171.
Sachsida sobre Petrobras: “Privatização é o caminho”
O ministro de Minas Energia, Adolfo Sachsida, afirmou, nesta terça-feira (21), que a privatização da Petrobras deve ser o caminho a ser seguido para solucionar a crise dos combustíveis.
Sachsida participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados. Para ele, uma possível privatização causaria aumento na competição de mercado.
“A privatização tem efeitos maravilhosos sobre a competição, quando é bem desenhada. Um projeto de privatização que traga competição ao setor, que traga mais players, mais empresas, vai gerar um tremendo ganho de bem-estar aos consumidores e à população brasileira. Acredito eu que a privatização é o caminho de longo prazo que deveria ser seguido” declarou.
A declaração foi dada em meio à crise no comando da empresa. Nesta segunda (20), o então presidente da estatal, José Mauro Coelho, renunciou ao cargo após pressão do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do Congresso Nacional contra o aumento no valor dos combustíveis.
Coelho foi substituído interinamente pelo até então diretor-executivo de Exploração e Produção, Fernando Borges. O ministro disse, inclusive, que o novo indicado do governo para a presidência da empresa, Caio Mario Paes de Andrade, deveria assumir “em dois ou três dias”.