Os dois países latino-americanos são tradicionais aliados dos russos e, ao longo dos últimos anos, receberam importante volume de investimentos de estatais de Moscou.
Russos exigem que a OTAN pare com a expansão para o leste da Europa e se dizem prontos para ocupação militar de outros países
As tensões entre Rússia e Estados Unidos voltaram a crescer nesta quinta-feira, 13, após Moscou dizer que as negociações de segurança entre os países foram um “fracasso”. E que há um “desacordo contínuo” em questões fundamentais.
O vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov, que liderou a primeira rodada de conversas em Genebra, aumentou o tom e disse que a Rússia não descarta a possibilidade de enviar tropas para Cuba e Venezuela, países próximos dos Estados Unidos.
Ryabkov disse que “tudo depende dos americanos”, acrescentando que o presidente, Vladimir Putin, alertou que pode tomar medidas militares caso a expansão da Otan para o leste da Europa continue.
Diante do impasse, o vice-ministro das Relações Exteriores Sergei Ryabkov deixou a porta aberta para a possibilidade de que Moscou estabeleça uma estrutura militar em Cuba e na Venezuela, como uma espécie de retaliação ou uma estratégia de equilíbrio de forças.
A lógica é clara: se americanos querem contar com aliados como a Ucrânia e Geórgia, nas portas do território russo, Moscou então também teria suas bases na América Latina.
Os desdobramentos recentes na região, que já conta com mais de 100.000 tropas em movimento, assustaram Kiev e seus aliados ocidentais, que temem uma eventual invasão.
Em resposta, o governo russo diz que pode controlar suas forças militares dentro de seu território “da maneira que quiser” e que não tem planos de invadir a Ucrânia.
“Dificilmente é possível que a Otan nos dite para onde devemos mover nossas forças armadas no território russo”, disse o porta-voz.
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