A Rússia deu início nesta terça-feira a uma nova série de exercícios militares em áreas próximas à fronteira com a Ucrânia e na Península da Crimeia, anexada em 2014, em meio às tensões com o Ocidente envolvendo uma ameaça de invasão do país vizinho.
Ao mesmo tempo, nações como os EUA reforçaram o envio de equipamentos militares a Kiev, e tentam achar meios para manter o fornecimento de gás à Europa se um conflito no Leste do continente interromper o fluxo do gás russo.
Segundo autoridades militares russas, as manobras acontecem nas regiões de Volgogrado, Rostov e Krasnodar, no Sul russo, além da Crimeia, e envolvem cerca de seis mil militares, 60 aeronaves e tanques — as manobras ocorrem semanas depois de exercícios similares em regiões de fronteira e na própria Crimeia, onde 10 mil militares participaram de manobras, em dezembro.
Em outra frente, a Rússia participa de manobras preliminares na Bielorrússia, com o uso do sistema de defesa aérea S-400 — no mês que vem, os dois países realizarão exercícios voltados à defesa das fronteiras com a Otan e com a própria Ucrânia.
Os EUA puseram 8,5 mil soldados seus em prontidão, enquanto vários países da aliança prometem enviar aeronaves e navios para seu flanco oriental.
Esses movimentos para o Kremlin, são “muito preocupantes”, como apontou o secretário de Imprensa, Dmitry Peskov, nesta terça-feira — na véspera, afirmou que as alegações do Ocidente eram “histeria” e que eram “cheias de mentiras”.