Rússia está pronta para agir contra ameaça da Otan, diz Putin

O presidente da RússiaVladimir Putin, disse nesta terça-feira que o país está pronto para usar seus militares contra o que ele chamou de “ameaça” da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Em uma reunião com oficiais militares, Putin afirmou que estava “seriamente preocupado” com o posicionamento de tropas da Otan perto da fronteira do país e com a possibilidade de haver armas hipersônicas na Ucrânia que poderiam atingir Moscou em menos de dez minutos.

“Se nossos colegas ocidentais continuarem com essa postura agressiva, tomaremos as medidas técnicas militares apropriadas em resposta e reagiremos duramente às ações hostis”, afirmou Putin no encontro, segundo a agência estatal RIA Novosti, sem dar detalhes do que isso significaria.

“Conflitos armados e derramamento de sangue não são absolutamente a nossa escolha. Queremos resolver a questão por meios políticos e diplomáticos”, acrescentou o presidente russo.

A fala de Putin vem logo após ter exigido na semana passada que a Otan recuasse suas tropas ao ponto em que estavam em 1997, antes da adesão de três países que faziam parte da União Soviética à aliança militar.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse nesta terça-feira que quer promover um “diálogo significativo” com Moscou e que planeja convocar uma reunião do Conselho Otan-Rússia no início do próximo ano.

Putin negou que as propostas apresentadas pela Rússia sejam um ultimato e que são essenciais para evitar um futuro conflito. No entanto, ele reiterou que o Kremlin não pode permitir a instalação de armas da Otan na Ucrânia, o que representaria um “sério desafio” para a segurança do país.

O presidente russo afirmou que, devido a esta possibilidade, o Kremlin precisa de garantias de longo prazo e juridicamente vinculativas dos EUA e outros países de que a Otan não continuará se expandindo em direção à fronteira russa.

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