A Rússia que vem sendo acusada de reunir tropas na fronteira com a Ucrânia, advertiu os ocidentais nesta sexta-feira (2) contra qualquer interferência militar e alertou Kiev para se abster de “provocações”, assegurando, porém, que não deseja um conflito.
A situação é um teste para a presidência de Joe Biden, num momento em que as relações com a Rússia estão em baixa, com Moscou tendo convocado seu embaixador em Washington depois que o presidente americano chamou Vladimir Putin de “assassino”.
Washington garantiu a Kiev seu apoio em caso de agressão russa e advertiu Moscou contra “qualquer ato agressivo”.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu nesta sexta que Moscou tomaria “todas as medidas necessárias” em caso de interferência militar ocidental na Ucrânia, uma ex-república soviética considerada como parte de sua esfera de influência estratégica.
Ele então afirmou que “a Rússia não ameaça ninguém e nunca ameaçou ninguém”, atribuindo a escalada das tensões às “repetidas provocações das forças armadas ucranianas” contra os separatistas.
Ainda nesta sexta, o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Andrei Rudenko, também garantiu que Moscou não quer um conflito armado com Kiev, dizendo que as preocupações ucranianas eram uma “falsificação” de informação destinada a “desviar a intenção dos problemas internos” que o país enfrenta.
Rudenko alertou a Ucrânia para “ter cautela” e “abster-se de medidas que possam causar um conflito”.
Biden “afirmou o apoio inabalável dos Estados Unidos à soberania e integridade territorial da Ucrânia em face da contínua agressão da Rússia em Donbass e na Crimeia” durante uma conversa telefônica com Zelensky, informou a Casa Branca em um comunicado.