Rosa Weber pede que PGR avalie se Bolsonaro cometeu crimes durante a crise de saúde pública

A ministra do STF Rosa Weber determinou nesta segunda (7)  que a PGR avalie se o presidente Jair Bolsonaro cometeu os crimes de genocídio e charlatanismo durante a crise de saúde pública. 

O despacho de Weber é resposta a ação impetrada pelo advogado Jefferson de Jesus Rocha, que não apresentou fatos concretos, mas citou ainda outros dois possíveis crimes de Bolsonaro para que ele seja alvo de denúncia: perigo para a vida ou saúde de outrem e fraude processual.

Na ausência de fatos concretos da ação a ministra poderia ter recomendado o arquivamento, mas preferiu ouvir a PGR antes. 

Na petição encaminha à Corte, o advogado cita, entre outras coisas, que “nós sofreremos as consequências impensadas de pessoas que não pensam no nosso Planeta” e afirma ter desde março de 2019 alertado os “moradores do meu município, bem como meus líderes religiosos” sobre os motivos de ser contrário a Bolsonaro, citando a percepção que o país estava diante de um “verdadeiro Apocalipse”.

“Joguei suco de uva na frente das igrejas, vesti roupa de pano de saco, bem como preguei panfletos nas portas das igrejas ainda em 2019”, afirma o advogado no documento de cinco páginas, relacionando a ida do presidente ao Templo do Salomão com o surgimento da crise.

“Surge na China um vírus mortal, que ceifou e está ceifando a vida de milhares de pessoas no Brasil e fora dele, sendo tratado o assunto com puro descaso pelo Poder Executivo Federal”, afirmou.

Além de mencionar as passagens bíblicas o advogado disse que também procurou o senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI , com o objetivo de ser chamado para depor no colegiado, que investiga, entre outras coisas, a atuação do governo federal durante a crise sanitária.

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