Rombo fiscal atinge R$ 1,128 trilhão e chega a recorde histórico

O setor público consolidado – composto pela União, Estados, municípios e estatais – registrou um déficit de R$ 1,128 trilhão no acumulado de 12 meses até julho. Esse foi o maior déficit nominal registrado desde o início da série histórica em 2001. O BC (Banco Central) divulgou o relatório “Estatísticas Fiscais” nesta sexta-feira (30).

O saldo negativo aumentou em R$ 19,6 bilhões em comparação ao resultado de junho, quando o déficit foi de R$ 1,108 trilhão. O resultado nominal do setor público consolidado é composto pela diferença entre as receitas e as despesas, incluindo o pagamento dos juros da dívida pública.

O rombo fiscal de R$ 1,128 trilhão equivale a 10,02% do PIB (Produto Interno Bruto).

No acumulado de 12 meses até julho, o setor público consolidado gastou R$ 869,8 bilhões em juros da dívida. Essa despesa representa 77,1% de todo o déficit nominal nas contas públicas.

Um dos fatores que explica o gasto elevado é a taxa básica de juros, a Selic. Desde fevereiro de 2022, a Selic está acima de dois dígitos, o que tem contribuído para o aumento da dívida.

Agora faz sentido entender por que o governo está tão focado em reduzir a taxa básica a qualquer custo.

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