O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso defendeu nesta terça-feira a regulamentação das redes sociais. Segundo Barros, ”essa regulação se tornou imperativa”, mas é preciso ”acertar a intensidade da dose” para preservar a democracia.
— A verdade é que houve um primeiro momento no mundo em que se imaginou que a internet e as mídias sociais devessem ser livres, abertas e não reguladas. Aí surgiram problemas de abuso de poder econômico, invasão de privacidade, disseminação de ódio e comportamentos inautênticos. Essa regulação se tornou imperativa, mas é preciso acertar a intensidade da dose para não matarmos o paciente, que é a preservação da democracia — declarou o magistrado durante sessão solene na Câmara dos Deputados.
Na ocasião, o magistrado ainda destacou que quase 80% dos brasileiros se informam por meio das mídias sociais, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Congresso. Com isso, ”elas acabaram com o filtro que a imprensa profissional fazia” em relação as notícias divulgadas.
— Infelizmente, com essa ausência de filtro, as mídias sociais também se tornaram um espaço para a prática de crimes. Terrorismo, pedofilia, ódio racial. Um espaço para a difusão de informações falsas e ataques à democracia, e um espaço para comportamentos inautênticos — disse Barroso.
Luís Roberto Barroso recebeu prêmio da Câmara na área de Transparência e Fiscalização Pública
A Câmara dos Deputados realizou sessão solene nesta terça-feira (7) para a entrega do Prêmio Transparência e Fiscalização Pública – Edição 2021, promovido pela Mesa Diretora e pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. Um dos homenageados foi o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, que ganhou na categoria governamental.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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