O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) se manifestou por meio de um ofício enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a contratação de uma auditoria privada pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, para fiscalizar as eleições deste ano.
O presidente Bolsonaro afirmou que o PL irá contratar uma empresa para fazer auditoria das urnas eletrônicas.
Em documento direcionado ao ministro Edson Fachin, presidente do TSE, Randolfe questiona a iniciativa.
“Não se trata exatamente da figura mais republicana para a condução de uma pretensa auditoria nos sistemas do TSE “afirma o parlamentar, referindo-se a Valdemar Costa Neto.
Randolfe alega que a contratação seria encabeçada por Valdemar Costa Neto, enquanto presidente da legenda. No entanto, o ex-parlamentar renunciou ao seu mandato de deputado federal em 2013 após ser condenado por corrupção. Para Randolfe, isso é um agravante.
“À luz dos princípios gerais de auditoria, sobretudo o da integridade, é legítimo que um agente condenado por corrupção – qual seja o presidente do PL – lidere esse processo?” questiona.
Outro questionamento do senador é em relação aos custos da auditoria. Ele pergunta se a mesma pode ser “financiada com os fundos públicos de campanha e partidário, uma vez que sua intenção é deslegitimar as eleições”.