O presidente Jair Bolsonaro voltou neste sábado (7) a falar o sistema eleitoral brasileiro.
“Querem no tapetão decidir as coisas no Brasil. Isso não pode ser dessa maneira. Democracia nasce do voto responsável e contabilizado”, disse durante transmissão nas redes sociais ao chegar para uma motociata com apoiadores em Florianópolis (SC).
Bolsonaro disse que “reconhece o que está em risco com a política” e afirmou que os políticos precisam “ouvir a população”.
“Há preocupação por parte de muita gente com o destino da política do nosso país, com sua liberdade”, afirmou.
O presidente ainda citou dificuldades enfrentadas, como a crise de saúdepública, com a crise hidrológica e a geada que afetou a produção no campo, e afirmou ter “lealdade” ao povo.
A proposta do voto auditável deve ser votada no plenário da Câmara até a próxima quarta-feira.
Para ser aprovado, o texto precisa de pelo menos 308 votos na Câmara e 49 no Senado, em duas votações em cada Casa, um número que dirigentes de partidos acham muito difícil de alcançar em razão do cenário de crise.
Lira disse que, se o texto for rejeitado, não aceitará ruptura institucional.
Antes de ler o pronunciamento no qual anunciou que a PEC será analisada pelo plenário, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ligou para o presidente Jair Bolsonaro.
Bolsonaro estava acompanhado do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e, na conversa, Lira sinalizou que a votação no plenário será o capítulo final da discussão.
E sinalizou também que não aceitará questionamentos sobre o resultado.