“Quem trata da eleição são as forças desarmadas”, diz Fachin

Edson Fachin, ministro e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), declarou que a eleição é um tema tratado pelas “forças desarmadas”, em trocadilho com as Forças Armadas, que tem se envolvido no pleito. Segundo o magistrado, o tema “diz respeito à população civil”.

“Quem trata de eleição são forças desarmadas e, portanto, dizem respeito à população civil que de maneira livre e consciente escolhe seus representantes. Logo, diálogo sim, colaboração sim, mas a palavra final é da Justiça Eleitoral” disse o ministro.

As declarações foram dadas nesta quinta-feira (12), durante visita à sala do tribunal onde estão sendo realizados testes de segurança nas urnas eletrônicas. Fachin disse que há “muito barulho no canteiro de obras da política, mas o TSE opera com racionalidade técnica”.

Ao comentar a sugestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que as Forças Armadas poderiam fazer apuração paralela dos votos nas eleições deste ano, Fachin foi categórico.

“Diálogo sim, colaboração sim, mas na Justiça Eleitoral, quem dá palavra final é a Justiça Eleitoral” afirmou.

O ministro ainda emendou falas duras sobre suposto atentado à democracia e disse não se tratar de um recado a Bolsonaro.

“Não mando e não recebo recado de ninguém. A afirmação é muito nítida. Quem investe contra o processo eleitoral investe contra a democracia. É um fato, e fato fala por si só. Não se trata de recado, é uma constatação. Temos respeito a todo chefe de Estado e jamais nos furtaremos ao diálogo. Não há afirmação do que desborde da legalidade constitucional”, concluiu Fachin

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