Na noite de quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a reforma tributária, que está em fase de regulamentação no Congresso, e ressaltou a importância de que aqueles que não estão pagando impostos no Brasil voltem a fazê-lo, para que o governo consiga equilibrar as contas públicas.
Em entrevista à GloboNews, Haddad destacou que o país enfrenta um “déficit absurdo” há cerca de dez anos e que o governo está empenhado em corrigir essa situação.
“Quem não paga imposto tem que voltar a pagar, senão a gente não reequilibra as contas”, disse o ministro, que na entrevista voltou a citar o impacto da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia sobre a arrecadação.
Questionado sobre como será feita a contenção de 15 bilhões de reais sem que ela afete os programas sociais, Haddad lembrou que em 2023 o governo federal economizou no Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) com a identificação de fraudes.
“Houve um descontrole de vários cadastros no governo federal”, afirmou, defendendo o restabelecimento de filtros que possam identificar pagamentos indevidos.
“Ano passado foi feito trabalho neste sentido no MDS que economizou alguma coisa em torno de 9 bilhões de reais, simplesmente fazendo valer a lei e aquilo que o legislador entendeu que é o correto fazer”, reforçou, sem detalhar eventuais congelamentos a serem feitos em outras áreas da máquina pública.