O aval da Anvisa também foi criticado pelo presidente Jair Bolsonaro, que durante sua live semanal pediu os nomes dos servidores responsáveis pela autorização.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou, em coletiva de imprensa neste sábado, 18, que a decisão sobre o início da imunização de crianças de 5 a 11 anos só será tomada no dia 5 de janeiro.
O posicionamento do Ministério da Saúde foi divulgada dois dias após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar a aplicação da vacina da Pfizer para esta faixa etária.
Queiroga afirmou que o procedimento será adotado porque “a introdução desse produto no âmbito de uma política pública requer uma análise mais aprofundada”.
Queiroga afirmou que na quarta-feira, 22, a Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis (CTAI) “vai oferecer as suas opiniões e o seu documento técnico” para que a secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo leve o assunto para uma consulta pública “com toda a sociedade brasileira”.
“No dia 4 de janeiro, faremos uma audiência pública no Ministério da Saúde para discutir o que foi oferecido em consulta pública, que, em adição ao posicionamento da CTAI, servirá de base para decisão final do Ministério da Saúde”, explicou o ministro.
O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Bruno Bianco, também participou da coletiva de imprensa.
Aos jornalistas, ele afirmou que apresentará ao STF, entre este sábado, 18, e o domingo, 19, o cronograma do Ministério da Saúde para a imunização de crianças.
Na tarde desta sexta-feira, 17, o ministro Ricardo Lewandowski determinou que o governo federal apresentasse, em um prazo de 48 horas, a complementação do Plano Nacional de Imunização (PNI) com a inclusão das crianças.
Intervalo da 3° dose será reduzido de cinco para quatro meses, anuncia Saúde
Neste sábado (18), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também disse que o intervalo para a aplicação da dose de reforço do imunizante será reduzido de cinco para quatro meses.
O reforço poderá ser aplicado em qualquer pessoa maior de 18 anos que tenha recebido as duas doses de imunizante, respeitando o prazo mínimo dos quatro meses após a segunda aplicação.
Além disso, o Ministério reitera a importância de se completar o ciclo e pede àqueles que tomaram apenas a primeira dose para retornarem aos postos de imunização.