O presidente russo, Vladimir Putin, disse neste domingo, 26, que vai ponderar uma série de ações caso o Ocidente não pressione por garantias de que a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) deixará de atuar em apoio à Ucrânia.
No início deste mês, Moscou apresentou esboços de documentos de segurança exigindo que a Otan negue adesão da Ucrânia e outros países da ex-União Soviética e recue em posições militares na Europa Central e Oriental.
Putin insiste que o Ocidente tem que agir rapidamente, alertando que Moscou terá de tomar “medidas técnicas e militares adequadas” se o Ocidente continuar seu curso “agressivo” “no limiar de nossa casa”. O presidente russo disse também que a resposta de Moscou “poderia ser diversa”. “Dependerá de quais propostas nossos especialistas militares me enviarem”.
Os Estados Unidos e seus aliados se recusaram a oferecer à Rússia o tipo de garantia sobre a Ucrânia que Putin deseja, citando o princípio da Otan de que a adesão está aberta a qualquer país qualificado. Concordaram, no entanto, em abrir negociações com o governo russo no próximo mês, a fim de discutir suas preocupações.
Putin comentou que as demandas foram apresentadas com o objetivo de “chegar a um resultado diplomático, que seria fixado em documentos juridicamente vinculantes”. Ele reafirmou que a adesão da Ucrânia à Otan ou a instalação de armas da organização em território ucraniano é uma linha vermelha que Moscou não permitirá que o Ocidente cruze. “Não temos para onde recuar”, afirmou, acrescentando que a Otan poderia instalar mísseis na Ucrânia que levariam apenas quatro ou cinco minutos para chegar a Moscou. “Eles nos empurraram para uma linha que não podemos cruzar; chegaram ao ponto em que simplesmente devemos dizer: Pare!”.