O presidente da Rússia, Vladimir Putin, advertiu nesta quarta (21) ao Ocidente que não “ultrapasse a linha vermelha” com o país, em um momento de grande tensão.
“Os organizadores de provocações que ameaçarem nossa segurança lamentarão como nunca tiveram que lamentar qualquer coisa”, afirmou em seu discurso anual sobre o estado da nação.
“Espero que ninguém tenha a ideia de ultrapassar a linha vermelha com a Rússia”, insistiu, antes de prometer uma resposta “assimétrica, rápida e dura”.
“Queremos boas relações … e realmente não queremos queimar pontes”, disse Putin em seu discurso anual sobre o estado da nação nas duas casas do parlamento.
“Mas se alguém confunde nossas boas intenções com indiferença ou fraqueza e pretende incendiar ou mesmo explodir essas pontes, eles devem saber que a resposta da Rússia será assimétrica, rápida e severa.”
A Rússia determinará onde são seus limites em cada caso específico, disse ele.
Estados Unidos e União Europeia denunciam há várias semanas que a Rússia mobilizou dezenas de milhares de soldados nas fronteiras da Ucrânia. Também criticam a detenção do opositor Alexei Navalny, que está em greve de fome há três semanas e que, de acordo com pessoas próximas, enfrenta problemas de saúde.
Dmitri Peskov, explicou às agências de notícias russas que ao mencionar a “linha”, Putin se refería aos interesses de Moscou, à interferência na política interna e a qualquier declaração “ofensiva” para o país.
Putin abordou de maneira explícita a “tentativa de golpe de Estado e de assassinato do presidente de Belarus”, revelado no fim de semana pelos serviços de segurança dos dois países.
E ainda criticou o silêncio ocidental a respeito do caso, um dia antes de uma reunião na capital russa com o colega bielorrusso Alexander Lukashenko, um governante muito criticado no Ocidente pela brutal repressão contra um movimento de protesto em agosto de 2020.
Confira a análise no Canal Pátria & Defesa:
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