O presidente do Haiti, Jovenel Moïse, foi assassinado dentro da residência oficial na madrugada desta quarta (7), de acordo com o premiê do país, Claude Joseph.
A primeira-dama, Martine Marie Etienne Joseph Moïse, também foi baleada.
Os autores do ataque ainda não foram identificados. As informações foram confirmadas pelas agências internacionais.
Joseph repudiou o “ato odioso, inumano e bárbaro” e pediu calma. “Todas as medidas para garantir a continuidade do Estado e proteger a Nação foram tomadas. A democracia e a República vão vencer”, afirmou.
O país passa por uma intensa crise política e econômica. Desde 2018, milhares de haitianos marcham pelas ruas do país e pedem melhores condições de vida. Os protestos começaram depois do aumento do preço da gasolina, em 2018, e causaram a renúncia do então primeiro-ministro, Jack Guy Lafontant.
Neste ano, os protestos pediam a renúncia de Moise, um empresário do setor da banana que chegou ao cargo sem experiência política.
Ontem, o recém-nomeado e novo primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, garantiu que sua prioridade seria a preparação das eleições, que devem ocorrer em um “ambiente favorável”, evento que parece remoto diante da atual instabilidade neste país caribenho.
“Minha missão é simples. O presidente me instruiu a criar um ambiente propício à organização de eleições inclusivas, com alta participação”, disse ele em entrevista exclusiva por telefone à AFP.
Jovenel Moïse havia nomeado o médico Ariel Henry como primeiro-ministro na segunda-feira (5). Henry é o sétimo a ocupar o cargo em 4 anos. “Hoje trabalho na formação do meu governo”, sublinhou o novo premiê, que ocupará o lugar de Joseph, nomeado em meados de abril.
Primeiro-ministro do Haiti declara estado de sítio após assassinato de presidente
O primeiro-ministro interino do Haiti, Claude Joseph, declarou “estado de sítio” no país, em uma mensagem à nação, dizendo que não queria que a nação “mergulhasse no caos” após o assassinato do presidente Jovenel Moise nesta quarta (07).