Negociadores do chamado P5+1 (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia mais a Alemanha) buscam denominador comum com o Irã .
Um novo encontro entre as potências envolvidas no acordo nuclear do Irã foi realizado no dia 09 de Dezembro em Viena, na Áustria.
A rodada de negociações, a sétima e teve tom mais conciliador em relação às conversas da última semana, que retomaram as negociações depois de um bloqueio de 5 meses.
As tratativas para salvar o acordo são conhecidas como JCPoA (Plano de Ação Conjunto Global). Reúnem negociadores da Alemanha, China, França, Reino Unido e Rússia, além do próprio Irã.
Os Estados Unidos negociam nos bastidores com a delegação chefiada pelo diplomata Robert Malley. Embora não estejam mais no acordo, os norte-americanos têm interesse em retornar. Contudo, o secretário de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse não descartar “medidas adicionais” contra o Irã em caso de falha nas negociações diplomáticas. O secretário não especificou quais seriam as ações planejadas.
Segundo o The Guardian, a rodada iniciada na última semana envolveu acusações da União Europeia e dos EUA de revisionismo das condições iranianas prévias.
Entre as novas demandas, estaria a derrubada da sanção norte-americana que congelou US$ 10 bilhões em ativos –segundo o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, um “gesto de boa vontade” para a retomada das negociações.
Negociadores europeus buscaram dissuadir a exigência do Irã com ajuda da Rússia. “Conseguimos eliminar vários mal-entendidos que criavam tensão. Todos reafirmaram seu compromisso com o trabalho produtivo”, disse o enviado russo, Mikhail Ulyanov.
“O que senti hoje foi diferente do que na última 6ª. Percebi que as outras partes têm compromissos mais sérios em adentrar conversas efetivamente objetivas. O que o Irã propôs na semana passada reflete a visão da versão de junho do acordo. Continuaremos a conversar”, disse o chefe de negociações iraniano, Ali Bagheri.
QUAL O IMPASSE ATUAL
O acordo nuclear do Irã foi selado em 2015 depois de anos de tensão devido aos supostos esforços de Teerã para desenvolver uma arma nuclear.
O país, contudo, diz que seu programa é “100% pacífico”. Sob o tratado, o Irã concordou em limitar as atividades nucleares e permitir a entrada de inspetores internacionais. Em troca, as potências globais suspenderam as sanções econômicas que paralisaram o país.
Desde o colapso do acordo, em 2018, o Irã estaria usando centrífugas avançadas para enriquecer urânio –elemento crucial para a fabricação de armas nucleares. O país diz que só usa o estoque para gerar energia, mas agências norte-americanas apontam que Teerã já excedeu os limites combinados há 6 anos.
Enquanto isso, os inspetores nucleares da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) não têm acesso ao programa nuclear do Irã. Eles foram impossibilitados pelo governo iraniano, que se recusa a mostrar as instalações.
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