O Brasil vive um momento de instabilidade econômica e política, agravado pelas tensões diplomáticas com os Estados Unidos, que resultaram em sanções contra o país e autoridades brasileiras, incluindo a imposição de tarifas de 50% sobre exportações brasileiras e medidas específicas contra membros do Supremo Tribunal Federal (STF), como o ministro Alexandre de Moraes. Diante desse cenário crítico, proteger o patrimônio tornou-se uma prioridade para muitos brasileiros. Abaixo, apresentamos argumentos ponto a ponto sobre a importância de estratégias de proteção patrimonial no exterior, com destaque para a abertura de uma conta internacional como medida essencial.
1. Cenário de Insegurança Econômica e Política no Brasil
- Tensões com os EUA: As sanções americanas, incluindo tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, afetam diretamente setores como agricultura (café, carne, açúcar) e exportações, que representaram US$ 40,4 bilhões em 2024, sendo 35,9% impactados pelas tarifas. Essas medidas, motivadas por questões políticas como a perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a regulação de redes sociais, sinalizam um risco crescente de isolamento econômico.
- Risco de Retaliação: O governo Lula respondeu com o Plano Brasil Soberano, destinando R$ 30 bilhões para mitigar os impactos das tarifas, mas também sinalizou possíveis contramedidas, como retaliações em patentes farmacêuticas e tributação de serviços digitais. Essas ações podem escalar as tensões, aumentando a volatilidade econômica e a desconfiança de investidores estrangeiros.
- Polarização Interna: A polarização política, intensificada pela crise diplomática e pelas ações do STF, cria insegurança jurídica. Medidas como a proibição de bancos brasileiros honrarem sanções americanas contra autoridades, como Moraes, podem levar instituições financeiras a enfrentarem bloqueios no sistema bancário internacional, afetando a movimentação de recursos.
Por que proteger o patrimônio e finanças?
A combinação de sanções externas, retaliações internas e insegurança jurídica aumenta o risco de desvalorização de ativos no Brasil e dificuldades de acesso a mercados internacionais, tornando essencial a diversificação patrimonial fora do país.
2. A Conta Internacional como Ferramenta de Proteção
- Acesso à Moeda Forte: Uma conta internacional, preferencialmente em dólar, oferece proteção contra a desvalorização do real, que atingiu níveis recordes em 2025 devido às tensões econômicas. O dólar é uma moeda estável e amplamente aceita, permitindo que o investidor preserve o valor de seu patrimônio.
- Flexibilidade de Movimentação: Com uma conta no exterior, o brasileiro pode transferir recursos para qualquer destino, garantindo liberdade para investir em mercados mais estáveis, como os Estados Unidos ou a Europa, sem depender de restrições impostas por bancos brasileiros que podem ser pressionados por sanções internacionais.
- Segurança contra Bloqueios: Caso bancos brasileiros enfrentem restrições no sistema financeiro global devido a decisões como a de Flávio Dino, que proibiu o cumprimento de sanções americanas, uma conta internacional garante que o investidor mantenha acesso aos seus recursos sem interrupções.
Por que é essencial?
Uma conta internacional é uma barreira contra a instabilidade local e possíveis bloqueios no sistema financeiro, permitindo ao investidor gerenciar seu dinheiro com autonomia.
3. Diversificação de Ativos no Exterior
Investimentos em Mercados Estrangeiros: Além de uma conta em dólar, investir em ativos internacionais, como ações, títulos ou fundos de investimento, reduz a dependência da economia brasileira, que enfrenta projeções de crescimento reduzido (2,3% em 2025, ante 3,4% em 2024). Plataformas como a Avenue, com o Itaú como sócio, facilitam o acesso a esses mercados sem a necessidade de transferir permanentemente o capital para fora do Brasil.
Proteção contra Confisco ou Congelamento: Em cenários de crise, governos podem impor controles de capital, como já ocorreu na Argentina e na Venezuela, citados como exemplos de risco no contexto brasileiro. Uma conta no exterior minimiza o risco de bloqueios ou confisco de recursos, especialmente em um contexto de sanções internacionais.
Oportunidades em Jurisdições Estáveis: Países como os Estados Unidos e membros da União Europeia oferecem ambientes regulatórios mais previsíveis e proteção jurídica robusta para investidores, contrastando com a insegurança jurídica no Brasil, agravada por decisões do STF e do governo Lula.
Por que diversificar?
A alocação de parte do patrimônio em ativos internacionais protege contra a volatilidade local e garante maior segurança jurídica e econômica.
4. Planejamento Estratégico com Assessoria Especializada
Necessidade de Mentoria: Internacionalizar o patrimônio é um processo complexo que envolve questões legais, fiscais e cambiais. Como destacado em conversas anteriores, uma mentoria especializada é crucial para criar um plano estratégico que evite erros, como a escolha inadequada de jurisdições ou estruturas societárias.Escolha de Jurisdições:
Jurisdições como Panamá, Delaware (EUA) ou países da União Europeia são atrativas por incentivos fiscais e proteção jurídica, mas exigem planejamento para cumprir regulamentações locais e evitar problemas com o Fisco brasileiro.
Gestão de Riscos: Uma assessoria pode orientar sobre como estruturar contas e investimentos para minimizar riscos de sanções, como as impostas pelo Ato Magnitsky contra Moraes, que podem impactar indirettamente instituições e indivíduos associados
Por que planejar com especialistas?
A complexidade das regulamentações internacionais e os riscos de sanções exigem orientação profissional para garantir que o patrimônio esteja protegido de forma legal e eficiente.
5. Resposta Proativa ao Contexto de Sanções
Impacto das Sanções Americanas: As sanções contra Moraes e as tarifas de 50% sobre exportações brasileiras são respostas diretas a políticas do governo Lula, incluindo a regulação de redes sociais e a condução do julgamento de Bolsonaro. Essas medidas podem se intensificar, afetando a economia brasileira como um todo e, por extensão, o patrimônio individual.
Risco de Isolamento Financeiro: A decisão de Flávio Dino de impedir bancos brasileiros de cumprir sanções americanas aumenta o risco de retaliações, como a exclusão de instituições financeiras brasileiras do sistema bancário internacional (SWIFT). Isso poderia limitar transações internacionais, dificultando o acesso a recursos no exterior para quem não possui uma conta internacional.
Exemplo de Outros Países: Países como Venezuela e Argentina, são exemplos de risco, enfrentaram crises devido a sanções e má gestão econômica. Proteger o patrimônio no exterior é uma forma de evitar os impactos de cenários semelhantes no Brasil.
Por que agir agora?
A escalada das tensões com os EUA e as decisões do governo Lula sugerem que a janela para proteger o patrimônio pode se fechar rapidamente, exigindo ação imediata.
Nota do Editorial
O Brasil enfrenta um momento crítico, com sanções americanas, tarifas elevadas e decisões internas que aumentam a insegurança econômica e jurídica. Proteger o patrimônio no exterior, por meio de uma conta internacional e diversificação de ativos, é uma estratégia essencial para garantir segurança financeira. Uma conta bancária fora da jurisdição brasileira em dólar oferece flexibilidade, proteção contra a desvalorização do real e acesso a mercados estáveis, enquanto a diversificação de investimentos reduz a dependência da economia brasileira. Contudo, é fundamental contar com uma mentoria especializada para navegar as complexidades legais e fiscais desse processo. Em um contexto de tensões crescentes com os Estados Unidos e riscos de isolamento financeiro, agir proativamente é a melhor forma de proteger seu patrimônio e assegurar liberdade para gerenciar seus recursos onde desejar.

Sobre o artigo acima publicado na Neofeed confira a nota especial de nosso editorial:
O uso do termo “diáspora patrimonial” no artigo é impreciso e pode induzir a uma interpretação errada. A Avenue, embora opere nos Estados Unidos, é uma plataforma de origem brasileira, fundada por Roberto Lee e com o Itaú, um dos maiores bancos do Brasil, como sócio estratégico. Seu foco é facilitar investimentos internacionais, mas o dinheiro aplicado pelos clientes não sai permanentemente do Brasil.
Quando um investidor transfere recursos para a Avenue, esses valores permanecem vinculados a instituições brasileiras ou a contas no exterior gerenciadas pela própria Avenue, que atua como uma corretora regulamentada nos EUA, mas sob controle acionário brasileiro.
Além disso, para que o dinheiro efetivamente “saia” do Brasil, seria necessário que o investidor realizasse uma transferência internacional para uma conta bancária no exterior, algo que não ocorre automaticamente ao investir pela Avenue.
Na prática, os recursos investidos podem retornar ao Brasil a qualquer momento, seja por resgate ou transferência, desde que o cliente não mantenha uma conta internacional independente. Assim, o termo “diáspora” – que implica uma dispersão definitiva ou de longo prazo de um grupo ou recurso – não se aplica, já que o movimento descrito é mais uma diversificação temporária de investimentos do que uma migração definitiva de capital.
O uso da palavra “diáspora” exagera o fenômeno, sugerindo uma fuga de recursos que não reflete a realidade operacional da Avenue ou a natureza reversível dessas transações. A não ser que você tenha uma conta internacional, quando desejar ter acesso aos valores, estes serão remetidos ao Brasil.
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