A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra a soltura do general Braga Netto em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O general da reserva foi preso no último sábado (14/12) no âmbito das apurações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado no país. A defesa do general solicitou que a prisão fosse substituída por outras medidas.
Em documento encaminhado ao STF na sexta-feira (20), no entanto, o procurador-geral, Paulo Gonet, destacou que a prisão deve ser mantida “dado que somente a segregação do agravante poderá garantir a cessação da prática de obstrução”.
“As tentativas do investigado de embaraçar a investigação em curso denotam a imprescindibilidade da medida extrema, dado que somente a segregação do agravante poderá garantir a cessação da prática de obstrução. O quadro fático denota, assim, risco de continuidade delitiva por parte do investigado, o que traz à espécie o elemento de contemporaneidade”, detalhou Gonet.
CID “DELATOU” GENERAL
A Polícia Federal apontou que o general tentou obter informações sobre o acordo de delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Além disso, destacou que o ex-ministro entregou dinheiro para a Operação Punhal Verde e Amarelo e pressionou Forças Armadas a aderirem à trama golpista.
Em depoimento ao STF, Mauro Cid revelou que Braga Netto obteve e entregou recursos para a operação Punhal Verde e Amarelo, que supostamente tinha como objetivo o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do próprio ministro Alexandre de Moraes. A casa do general em Brasília teria sido usada ainda como local de reunião pelo grupo que discutia o plano.
Defesa de Braga Netto negou financiamento de suposto PLANO
Você precisa fazer login para comentar.