PF pede, mas TSE nega bloqueio de canais de deputados

O corregedor-geral do TSE, Luis Felipe Salomão, decidiu não incluir os filhos do presidente Jair Bolsonaro e o próprio mandatário do Palácio do Planalto na decisão em que proibiu o repasse de dinheiro para canais investigados por propagação de informações falsas sobre as eleições brasileiras.

Ao TSE, a Polícia Federal pediu o bloqueio de pagamentos a contas no Twitter, Facebook, Instagram e YouTube em nome de Bolsonaro e dos seus filhos Carlos, Eduardo e Flávio. Salomão, no entanto, negou o pedido em relação ao clã e a políticos aliados do presidente, os deputados Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Filipe Barros (PSL-PR) e Daniel Silveira (PSL-RJ).

Salomão entendeu que, por enquanto, as investigações da PF não conseguiram demonstrar que os deputados não estariam lucrando com notícias contra as urnas eletrônicas.

Salomão atendeu em parte ao pedido da PF, que investiga a organização e o financiamento de ataques ao sistema eleitoral.

O ministro determinou que os valores arrecadados dos canais, de apoiadores do presidente, devem ser direcionados a uma conta judicial vinculada à Corte Eleitoral até o fim das investigações. 

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