O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que a instituição não identificou “megafinanciadores” dos atos de 8 de janeiro de 2023, que contaram com ataques à sede dos Três Poderes, em Brasília.
“Muitas vezes, na expectativa de algumas pessoas, haveria um ou dois, ou um grupo de megafinanciadores com vários milhões para essa atuação orquestrada para o golpe de Estado”, disse Rodrigues, que complementou: “a investigação provou que não, pelo menos nós não conseguimos identificar que isso tenha acontecido”.
A declaração foi feita na segunda-feira (27) em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
Apesar de negar a existência de grandes patrocinadores, Andrei Rodrigues afirmou que havia um “financiamento disperso” por trás dos atos, e que os financiadores foram responsabilizados
“O que havia, sim, era esse financiamento disperso onde uma pessoa fornecia determinado insumo, outra uma questão logística, outra recursos e isso está lá apontado no inquérito policial”, continuou o diretor. “Portanto, sim, nós responsabilizamos os financiadores”, completou.
Ainda na última quinta-feira (23), o ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que, se a produção de provas do inquérito do golpe for finalizada ainda no mandato dele de presidente, ele irá pautar “imediatamente” a Suprema Corte.
Diretor da PF diz que não há elementos para indiciar Eduardo e Michelle Bolsonaro
Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira, 27, o chefe da PF afirmou que, embora o ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid tenha mencionado os dois em delação premiada, não foram obtidos elementos adicionais que comprovassem envolvimento direto deles no caso
“A investigação apontou elementos relacionados a outras pessoas, mas, no caso concreto, não encontramos provas que confirmassem participação dessas duas pessoas”, explicou o diretor da PF.
Relatório da PF sobre golpe é contundente, diz Andrei Rodrigues
O diretor-geral da PF (Polícia Federal), Andrei Rodrigues, disse nesta segunda feira (27) que o relatório da corporação sobre o um suposto plano de golpe de Estado de 2022 é “contundente” e que a versão complementar deve ser entregue ao STF (Supremo Tribunal Federal) nas “próximas semanas” .
Segundo o diretor, o relatório apresentado –que cita a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na trama para impedir traz provas concretas e não “convicções”.
“Todas as informações e dados nos levaram a conclusão da responsabilidade, no âmbito policial, de que aquelas pessoas indiciadas tem responsabilidade sobre aqueles atos criminosos. E ali [no relatório] está detalhadamente especificado o que cada um fez”, disse o diretor-geral da PF em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura.
Diretor da PF não descarta prisão de Bolsonaro em inquérito sobre suposts tentativa de golpe
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta segunda-feira (27), durante entrevista ao programa Roda Viva, que a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser solicitada caso os “requisitos legais” sejam preenchidos. O ex-presidente foi apontado no relatório final da PF como o líder de uma suposta organização que teria planejado um golpe de Estado após a derrota eleitoral de 2022.
“O relatório policial é muito completo e contundente, trazendo vários elementos de prova”, disse Rodrigues, destacando que o documento enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) descreve Bolsonaro como a figura central na articulação da trama golpista. “Prisão ou não prisão não depende de vontade política, pressão popular ou imaginação de pessoas. Depende de requisitos legais”, reforçou.
De acordo com Rodrigues, o relatório da PF detalha o papel de Bolsonaro como organizador das ações que buscavam impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A investigação foi baseada em depoimentos, colaboração premiada, materiais apreendidos e análise de dados. “Não são convicções dos investigadores, são provas que estão nos autos”, afirmou o diretor.
Apesar de Bolsonaro ser apontado como líder, Rodrigues explicou que uma possível prisão cautelar só será solicitada caso sejam identificados fatores que justifiquem a medida, como risco de fuga, obstrução de Justiça ou reincidência.
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