PF indicia Bolsonaro e aliados nos casos das joias e do cartão de vacinas

A Polícia Federal (PF) decidiu indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos inquéritos que investigam a alegada comercialização de joias recebidas por ele e a suposta falsificação de cartões de vacinação.

Segundo o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, o pedido de indiciamento deverá ser enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) nos próximos dias.

Alguns aliados de Bolsonaro também estão na lista de indiciados, como os advogados Fabio Wajngarten e Frederico Wasseff. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, também será indiciado.

PF Deflagra 2ª Fase Da Venire: Ex-Prefeito De Duque De Caxias E Secretária De Saúde São Alvos

Nesta quinta-feira (4), a Polícia Federal lançou a segunda fase da Operação Venire, investigando uma quadrilha suspeita de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no SI-PNI e na RNDS, sistemas do Ministério da Saúde. Entre os alvos estão o ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, e a secretária de Saúde, Célia Serrano.

Na primeira fase, em maio de 2023, a PF realizou buscas na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus aliados. Bolsonaro teria recebido duas doses da vacina contra a Covid-19 em Duque de Caxias, em agosto e outubro de 2022.

A suspeita é que a falsificação visava permitir a entrada de Bolsonaro e seus assessores nos EUA, burlando a exigência de vacinação. O ex-presidente deixou o Brasil no penúltimo dia de seu mandato.

Segundo a PF, os dados foram inseridos em 21 de dezembro de 2022 e removidos seis dias depois por Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, alegando “erro”. Em 27 de dezembro, um computador do Palácio do Planalto acessou o ConecteSUS para gerar os certificados de vacinação.

Bolsonaro negou qualquer adulteração, afirmando que não tomou a vacina e nunca negou isso.

PF Apreende Cerca De R$ 200 Mil Em Espécie Na Casa De Ex-Prefeito De Caxias Alvo De Operação Por Dados Falsos De Vacinas

A Polícia Federal (PF) apreendeu aproximadamente R$ 200 mil em espécie na residência do ex-prefeito de Duque de Caxias e atual secretário de Transportes do Rio de Janeiro, Washington Reis, durante uma operação na manhã desta quinta-feira (04). A quantia inclui R$ 164 mil em reais, 5.700 dólares e 170 euros.

Washington Reis é alvo de um mandado de busca e apreensão no inquérito que investiga a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 em sistemas do Ministério da Saúde. O dinheiro estava em uma mochila e nos bolsos de paletós de Reis e foi levado para a sede da PF na Praça Mauá. A origem do dinheiro será investigada.

Além de Reis, um mandado de busca também foi cumprido contra a secretária de Saúde de Caxias, Célia Serrano. A investigação aponta Duque de Caxias como local onde foram registrados dados falsos de vacinação, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e seus familiares.

Em março, eles foram indiciados por associação criminosa e inserção de informações falsas em sistemas de informação. Bolsonaro nega qualquer envolvimento nas fraudes. A PF inicialmente concluiu que Bolsonaro não só conhecia o esquema, mas também ordenou a falsificação dos registros.

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