O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou, nesta sexta-feira (27), críticas às decisões tomadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em relação aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. Para Bolsonaro, a separação das famílias é a penalidade mais severa.
“Temos cerca de 100 pessoas condenadas a penas de 14 a 17 anos de cadeia, em presídios federais no Brasil. A pior sentença foi afastá-las dos seus filhos. O que mantém essas pessoas vivas é a vontade de voltar a abraçá-los,” declarou o ex-presidente.
Bolsonaro também comentou o decreto de indulto natalino assinado por Lula na última segunda-feira (23), que beneficiou determinados grupos de criminosos, mas excluiu os presos do 8 de janeiro. “Não botou ninguém do 8 de janeiro. Todo mundo sabe, salvo algumas poucas pessoas que querem forçar a barra, que ninguém tentou dar um golpe. O próprio ministro da Defesa disse: um golpe tem que ter um líder, tem que ter as Forças Armadas, tem que ter algo mais.”
Em entrevista à rádio AuriVerde Brasil, o ex-presidente reiterou sua discordância em classificar os atos como tentativa de golpe, mencionando o ex-vice-presidente Hamilton Mourão. “Não é alguém escrever no computador dele um plano mirabolante que isso vira um golpe. É como escrever um livro de ficção. Que golpe é esse? Vamos sequestrar e envenenar? Que loucura é essa?”
Por fim, Bolsonaro dirigiu um apelo ao presidente Lula: “Perdoa esse pessoal, Lula.”
Assista a entrevista na íntegra:
