O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, foi durante entrevista no domingo (21) e falou em propor um pacto nacional diante da crise saúde no país, ele afirmou acreditar que o presidente Bolsonaro possa mudar o discurso.
“Eu não descarto, diante do quadro de gravidade nacional e da triste realidade que estamos vivendo, com falta de leitos e aumentos de mortes, que o presidente possa reconhecer que deva mudar um discurso que era mais negacionista que o normal. Temos que acreditar na possibilidade de mudança, mas para isso temos que sentar à mesa e conversar exaustivamente para chegarmos a um acordo”, afirmou. Pacheco
Pacheco confirmou um encontro na quarta (24) com o Presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, para abordar um plano de combate à crise.
“O negacionismo quando começou a pandemia era uma tese, tese esta ventilada por diversas pessoas. Mas agora o negacionismo é uma brincadeira de mau gosto, macabra e medieval. Não podemos mais negar a pandemia e para evitar a contaminação tomarmos medidas como uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social”, disse.
Pacheco também disse que é preciso “entender o drama” de lideranças locais que estão optando pelo lockdown em meio à gravidade da crise. “Respeitemos prefeitos e governadores que tenham essa opção, seja no Amazonas, no Rio Grande do Sul, no meu estado de Minas Gerais, porque eles estão vivendo na pele o drama. Respeitar as opções desses chefes do Executivo e sentar à mesa para um caminho comum. Ainda que se discorde, são decisões que têm que ser cumpridas. Se fecharam uma praia é porque estão se aglomerando de um jeito irresponsável em um momento no qual não temos leito”, disse.
Também falou que não é papel dele, nem do presidente da República, “fazer propaganda de remédio”. “A população precisa procurar um médico. Ele que vai decidir”, disse Pacheco, que também não considera que este seja o momento ideal para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigue falhas de governantes e órgãos no enfrentamento à Crise.
Pacheco confirmou qur conversou com o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. “Só a troca de nomes não funciona. É preciso ter uma política que seja adequada. Eu estive com o novo ministro, conversamos longamente. Não é momento para solenidade de posse. Eu disse a ele que é necessário mergulhar no trabalho para identificar as dificuldades”, disse.