Nesta quinta-feira, 9, o programa Pânico recebeu o deputado Orlando Silva (PC do B-SP) e o deputado federal Coronel Tadeu (PL-SP) para um debate sobre o armamento pessoal no Brasil.
O comunista argumentou que a discussão sobre as armas não é pertinente no momento, pois o país carece de outras iniciativas por parte do Estado.
“Esse papo me surpreende, o Brasil tem tanto problema sério para enfrentar, como desemprego e fome, e gasta tempo para debater arma. Eu entendo o Congresso Nacional, tem muito deputado no bolso de fábrica de arma. A Taurus aumentou quatro vezes o valor de suas ações, e o Brasil aumentou quatro vezes as taxas de registro de armas de 2019 para cá. Não tem correspondência na redução de índice de criminalidade por quê? Porque você não vai enfrentar a violência transformando o país num bangue-bangue, num faroeste”, opinou.
“Tem que ter segurança pública, não é o cidadão individualmente que tem que enfrentar bandido. Quem tem que enfrentar o bandido é a polícia, preparada. Ela, sim, tem que estar bem armada e com inteligência para poder combater o crime.”
Já o deputado Coronel Tadeu acredita que o acesso ao armamento deve estar incluso nas pautas do Congresso, em discussões sobre a segurança pública.
“Eu vou pelo outro lado. As pessoas são assassinadas por bandidos sem ter a mínima possibilidade de defesa no Brasil. Eu posso dizer que, no Parlamento, o que a gente faz hoje é tentar endurecer essa lei com os bandidos, para ver se essa criminalidade para de matar. Continua frágil”, rebateu.
O parlamentar afirmou ainda que não cabe comparações do porte de armas no Brasil com o que acontece nos Estados Unidos. “Você não pode basear por um caso e querer estender isso para todo um país. Existem contextos diferentes. Os Estados Unidos são praticamente cinquenta países dentro de um enorme. Cada um tem a sua legislação. E o Brasil não deixa ser diferente, aqui nós temos casos que podem assombrar. Vira e mexe, a gente tem a imprensa destacando um fato ou outro.”
Fonte: JovemPan