O delegado federal aposentado Jorge Barbosa Pontes foi nomeado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para o cargo de diretor de Ensino e Estatística da Secretaria Nacional de Segurança Pública, braço do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O delegado Pontes apontou, em 2016, o que classificou de ‘criminalidade institucionalizada no governo do PT’.
Ele coordenou a Interpol no Brasil, foi adido da Polícia Federal em Paris e é formado pela Academia Nacional do FBI em Virgínia, nos EUA.
Em novembro de 2017, em entrevista ao Estadão, Pontes alertou para delegados ‘abduzidos’ pelo poder político. Ele afirmou que o País quer ‘ouvir o barulho de uma porta de ferro da cadeia trancando senadores, governadores e deputados’. E disse que ‘a Lava Jato nunca correu tanto risco’. Afirmou, ainda. “Assessorar alguns políticos é mais comprometedor do que se associar à boca de fumo.”
Após 30 anos de PF, primeiro como agente federal, depois como delegado, Pontes leva no currículo passagens por setores estratégicos da corporação e investigações complexas numa época em que os recursos eram escassos. Por exemplo, ele descobriu a farsa do célebre ‘Dossiê Cayman’, um punhado de papéis montados por estelionatários que pretendiam vender a opositores informações forjadas contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995/2002).
A Diretoria de Ensino e Estatística da Secretaria Nacional de Segurança Pública, recém criada, terá a missão de ‘pensar e repensar’ a formação e o treinamento das polícias.
Fonte: terra.com