O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira (5) que um nova ofensiva contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza “será intensa” e que, como consequência, a população palestina será deslocada novamente dentro do território.
“Ontem à noite ficamos até tarde no gabinete e decidimos por uma operação intensificada em Gaza. Foi a recomendação do chefe das Forças Armadas prosseguir, como ele disse, rumo à derrota do Hamas —e, nesse caminho, ele acredita que isso também nos ajudará a resgatar os reféns, e eu concordo com ele. Não vamos desistir desse esforço, e não vamos abandonar ninguém”, afirmou o premiê em pronunciamento divulgado na rede social X.
A medida veio após a convocação de milhares de reservistas. Em resposta à ofensiva, os Houthis, aliados do Hamas e do Irã, prometeram bloquear os aeroportos de Israel. No domingo (4), um míssil disparado do Iêmen caiu perto do aeroporto Ben Gurion. Netanyahu prometeu retaliação.

As declarações do premiê israelense ocorrem horas após seu governo aprovar um plano para a ocupação total de Gaza por tempo indeterminado. Netanyahu também afirmou que “a população palestina será transferida para sua própria proteção”, porém não especificou para onde.
Segundo fontes do Exército israelense, os palestinos serão deslocados para o sul do território como consequência da nova investida contra o Hamas. Deslocamentos forçados e em massa de pessoas, como já ocorreram diversas vezes durante a guerra, são criticados por órgãos humanitários e bilaterais, como a Cruz Vermelha e a ONU.
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