Novas diligências sobre plano de suposto golpe podem adiar denúncia da PGR

As investigações em andamento sobre a tentativa de um suposto golpe de Estado no Brasil podem atrasar o envio de uma eventual denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

No entorno do procurador-geral, especula-se que Gonet aguarde novos desdobramentos antes de formalizar acusações contra os indiciados pela Polícia Federal (PF).

Nesta quinta-feira, por exemplo, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, presta novo depoimento à PF. Como parte de um acordo de delação premiada, ele está à disposição dos investigadores para fornecer informações sempre que necessário. Cid tem contribuído com detalhes que alimentam inquéritos envolvendo Bolsonaro, como os relacionados ao golpe de Estado, falsificação de cartão de vacinação, venda de joias sauditas e a chamada “Abin Paralela”.

O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, reconhece que o relatório final sobre o suposto esquema de espionagem ilegal – o único ainda pendente – pode ser concluído apenas em 2025, embora inicialmente estivesse previsto para o final deste ano.

No caso do suposto golpe de Estado, o relatório, que já tem 884 páginas, deve ser ampliado. O depoimento do tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, tomado recentemente, não foi incluído na versão original e ainda pode resultar em seu indiciamento.

A equipe de Gonet havia indicado que a denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) poderia ser apresentada no início de fevereiro, com o retorno do Judiciário após o recesso. No entanto, caso as diligências da PF se prolonguem, a acusação poderá atrasar por mais alguns meses, mas o objetivo é que seja feita até junho, permitindo que o STF julgue o caso ainda em 2025, evitando interferências no cenário eleitoral de 2026.

Categorias